"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

sábado, 29 de setembro de 2012

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DO ESPIRITA


PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DO ESPIRITA

Com base em O Livro dos Espíritos, e suas correlações com a filosofia, sociologia e política e a visão de que o homem no mundo "é um ser social e consequentemente, um ser político", concluímos:

1. COMO O ESPÍRITA NÃO DEVE ATUAR NA POLÍTICA:

1.1. levar a política partidária para dentro do Centro, das Entidades ou do Movimento Espírita;

1.2. utilizar-se de médiuns e dirigentes espíritas para apoiar políticos partidários candidatos a cargos eletivos aos Poderes Executivos e Legislativo;

1.3. catar votos para políticos que, às vezes, dão alguma "verbinha" para asilos, creches e hospitais, mas cuja conduta política não se afina com os princípios éticos ou morais do espiritismo;

1.4. apoiar políticos que se dizem espíritas ou cristãos, mas aprovam as injustiças, as barganhas, a "politicagem" (usar a política partidária para interesses egoísticos pessoas ou de grupos a que se ligam);

1.5. participar da política partidária apenas por interesse pessoal, para melhorar a sua vida e de sua família, divorciado em sua militância político-partidária dos princípios e normas da filosofia espírita;

2. COMO O ESPÍRITA DEVE ATUAR NA POLÍTICA:

2.1. O espírita pode e deve estudar e reflexionar sobre os princípios político-filosófico-espíritas no Centro Espírita, pois eles estão contidos em O Livro dos Espíritos, Parte Terceira, das Leis Morais;

2.2. através da análise, do estudo e da reflexão das normas e princípios acima referidos, o espírita deve identificar o egoísmo, o orgulho e a injustiça nas instituições humanas, denunciando-as e agindo para que elas desapareçam da sociedade humana;

2.3. confrontar os fundamentos morais e objetivos do espiritismo com os fundamentos morais e objetivos dos partidos políticos, verificando de forma coerente qual ou quais deve apoiar e até mesmo participar como membro atuante, se tiver vocação para tal;

2.4. participar de organizações e movimentos que propugnem pela Justiça, pelo Amor, pelo progresso intelectual, moral e físico das pessoas. Exemplo: clubes de serviços, sindicato, associações de classe, diretório acadêmico, movimentos de respeito e defesa dos direitos humanos etc;

2.5. fazer do voto um elevado testemunho de amor ao próximo; Considerando que a sociedade humana é dirigida por políticos que saem das agremiações partidárias e suas influências podem ajudar ou atrasar a evolução intelecto-moral da humanidade, o voto, realmente, é uma forma de exprimir o amor ao próximo e à coletividade. Deve, pois, analisar se a conduta do candidato político-partidário tem maior ou menor relação com os princípios morais e políticos (aspecto filosófico) do espiritismo;

2.6. participar da agremiação partidária, se tiver vocação para tal, sabendo, no entanto, da responsabilidade que assume nesse campo, já que sua militância deve sempre estar voltada para o interesse do ser humano, em seus aspectos social e espiritual. Para isso, sua ação política deverá estar em harmonia com os valores éticos (morais) do espiritismo que, em última análise, são fundamentalmente os mesmos do cristianismo;

2.7. participar conscientemente da ação política na sociedade, sem relegar o estudo e a reflexão do espiritismo a plano secundário. Pelo contrário, o estudo e a reflexão dos temas espíritas deverão levá-lo a permanente participação, objetivando-a aplicação concreta do amor e da justiça ao ser humano, seja individual ou coletivamente.

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