"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Não percas a tua Fé

 
Em determinados momentos da vida, somos surpreendidos por situações que nos levam a duvidar de nossas capacidade de superá-las. Mas é certo que Deus não nos dá fardo maior que a nossas forças. Cada um carrega a "cruz" a que está apto a carregar. Creio que todos esses percalços são merecidos, necessários e nos trazem crescimento espiritual. Espero que quem passe por aqui reflita sobre o assunto, sobre as razões que o levou ao acontecimento que o aflige e o aprendizado que trás o ocorrido. Fiquem todos com Deus!


"Não percas a tua Fé

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.

Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para frente, erguendo-te por luz celeste acima de ti mesmo.

Crê e trabalha.

Esforça-te no bem e espera com paciência.

Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do Céu permanecerá.

De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

Eleva, pois, o teu olhar e caminha.

Luta e serve. Aprende e adianta-te.

Brilha a alvorada além da noite.

Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte.

Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia..."

Autor: Meimei
Psicografia de Chico Xavier

sábado, 27 de outubro de 2012



O Santo Milagroso


Sabe quem foi Fernando Martins de Bulhões, amigo leitor? Não? E se eu disser Santo Antônio de Pádua?

Ambos são a mesma pessoa. Adotando o nome de Antônio, em seu noviciado, Fernando consagrou-se como um dos vultos mais amados do movimento cristão no século XII.

Como ocorre com relatos medievais, sua biografia está repleta de fatos curiosos, em que é difícil separar a fantasia da realidade.

Tal ocorreu, certa feita, quando Antônio conversava com um herege convicto que, não obstante sua vocação para negação, sensibilizou-se com a argumentação do santo e, sobretudo, como acontecia frequentemente, com seu carisma.

Em dado momento, em derradeira resistência nas suas convicções materialistas, o homem propôs um desafio:

- Amarrarei uma de minhas bestas e a deixarei passar fome por três dias. Depois a soltarei e colocarei o alimento à sua frente. O senhor ficará ao lado, com suas hóstias. Se a besta der preferência a elas, imediatamente  me converterei a sua fé.

Antônio aceitou o desafio. O encontro foi marcado numa praça e atraiu uma multidão de curiosos.

Santo Antônio trazia o ostensório, um recipiente onde ficam depositadas as hóstias.

O herege apresentou-se com a mula esfomeada e o alimento que lhe seria oferecido.

Após pedir silêncio, o santo virou-se para a mula e a convidou a render homenagens ao Criador.

Ante o assombro geral, o animal, rejeitando o alimento, aproximou-se imediatamente da hóstia e dobrou reverentemente as patas dianteiras.

Ante o inusitado da cena, o herege, demonstrando que era sincero, fez uma profissão de fé diante da multidão, convertendo-se num dos mais dedicados cooperadores de Santo Antônio.

Outro episódio marcante – o mais famoso envolvendo as experiências de Santo Antônio -, diz respeito ao fenômeno da bilocação, em que o espírito afasta-se do corpo e materializa-se alhures, passando a ser visto em dois lugares ao mesmo tempo.

Ele fazia uma pregação em Pádua, quando sofreu aparente desmaio.

Instantes depois era visto num tribunal, em Lisboa, a 800 quilômetros para defender seu pai de um crime que não acontecera.

Reza a tradição que, materializado, Antônio fez que o cadáver do assassinado ressuscitar por instantes para, diante dos juízes, que compareceram ao cemitério, atestar a inocência do seu pai.

Após a intervenção decisiva, o Santo desapareceu em Lisboa e acordou em Pádua.

Eliminando fantasiosos exageros,como a genuflexão da besta e a ressurreição momentânea, histórias desse teor foram suficientemente registradas e testemunhadas.

- Milagres! – Proclamará o religioso, encerrando o assunto, situando-o nos domínios do insondável.

Isso não acontece com o Espiritismo.

Os mentores espirituais que orientavam Allan Kardec na formação da Doutrina Espírita deixavam bem claro que a admissão do maravilhoso, do sobrenatural, do milagroso, exprime uma acomodação intelectual de pessoas esquecidas de que a religião não pode renunciar ao exercício da razão, sob pena de cair na fantasia.

Grandes vultos das religiões tradicionais, como Antônio de Pádua, que realizavam autênticos prodígios, aparentemente derrogando as leis naturais, foram simplesmente médiuns, que exercitavam poderes desconhecidos pelo homem comum, mas que não tem nada em comum com supostos milagres.

Imagine, leitor amigo, se, com uma grande quantidade de antibióticos, entrássemos numa máquina do tempo e nos transportássemos para o século XIV, em plena expansão da peste bubônica que, calcula-se,dizimou perto de 75 milhões de pessoas na Europa, um terço da população.

Com aqueles medicamentos salvaríamos milhões de pessoas. Um milagre para o homem daquele tempo, algo natural para o nosso tempo.

É importante que aprendamos a definir bem a natureza dos fenômenos mediúnicos que regem o relacionamento entre Espíritos encarnados e desencarnados,em situações como vivenciadas por Antônio de Pádua, afim de que a nossa crença tenha um alicerce sólido, como proclamava Allan Kardec:

“Fé inabalável só é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade.”

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

FEITIÇARIA E MAU OLHADO, EXISTE?

O médium Divaldo Pereira Franco nos esclarece sobre o assunto em entrivista no programa Transição.
 





terça-feira, 23 de outubro de 2012

MELINDRES

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Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração. 

Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja. 

Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente. 

Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.
 
Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.
 
Quem reclama, agrava as dificuldades.
 
Não cultive ressentimentos.
 
Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.
 
Não se aborreça, coopere.
 
Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.


XAVIER, Francisco Cândido. Sinal Verde. Pelo Espírito André Luiz. CEC.

sábado, 20 de outubro de 2012

A Imortalidade do Ser Humano



A crença na imortalidade é, segundo Léon Denis (1846-1927,  uma das “[...] mais difundidas nas filosofias e nas religiões do Oriente e do Ocidente. Do ponto de vista filosófico pode assumir duas formas diferentes: 1ª a crença na imortalidade da pessoa individual, ou seja, da alma humana em sua totalidade; 2º a  crença na imortalidade daquilo que a pessoa individual tem em comum com um princípio eterno e divino, só da parte impessoal da alma.” 1 Para o filósofo grego Platão (428/427-348/347), esta crença “[...] é o laço de toda a sociedade; despedaçai esse laço e a sociedade se dissolverá.”2

O conceito de existência e sobrevivência da alma  é admitido desde os tempos imemoriais, mas foi consolidado com as ideias de Sócrates, Platão, Pitágoras e dos filósofos órficos. Divulgado na Idade Média, foi acrescido das interpretações da teologia cristã pelos pais da Igreja, como Agostinho e Tomás de Aquino. No Renascimento o conceito era lugar comum, amplamente divulgado. Na Idade moderna sofreu uma reviravolta, sobretudo com a chegada do positivismo de Auguste Comte (1798-1857) que, com a sua doutrina do culto à razão,  rejeitava Deus e a imortalidade da alma. Na Idade Contemporânea, o conhecimento humano progride vertiginosamente e, com o desenvolvimento da Psicologia e da Parapsicologia, o mundo científico passa a se interessar pela paranormalidade, aceitando-se que o homem possui algo de transcendental, preexistente à formação do corpo físico.

Mais tarde, os Fenômenos de Quase Morte se destacam, sobretudo os trabalhos conduzidos por Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004), médica suíça naturalizada americana. Esta respeitável psiquiatra obteve importantes observações de pacientes terminais que retornaram ao corpo após parada cardíaca ou estado comatoso. A maioria desses pacientes não só relataram aspectos da vida além da matéria e o encontro com Espíritos já falecidos, como puderem, por si mesmos, atestarem a imortalidade do Espírito.

As pesquisas desenvolvidas pelo psiquiatra canadense, Ian Stevenson (1918-2007), ao longo de décadas e em diferentes partes do mundo, acumularam um número significativo de casos de pessoas que tinham reminiscências de outras existências e de experiências vividas no plano espiritual, após a morte do corpo.

Segundo a Doutrina Espírita, “[...] chamamos alma ao ser imaterial e individual que reside em nós e sobrevive ao corpo .[...].”A questão de aceitar, ou não,  imortalidade da alma, e consequentemente a sua capacidade de se comunicar com os encarnados, reside na ideia que se tem de alma. Para muitos indivíduos, a alma é uma abstração, para outros é um ser destituído de uma forma precisa, espécie de luz ou clarão. Outros têm uma visão confusa, com base em suas convicções  religiosas. O progresso da Ciência, contudo, permitirá que o a imortalidade da alma, sua sobrevivência e manifestação no plano físico sejam comprovados.

A sobrevivência da alma depois da morte está provada, de maneira irrecusável e de alguma sorte palpável, pelas comunicações espíritas. Sua individualidade está demonstrada pelo caráter e pelas qualidades próprias de cada uma; essas qualidades, distinguindo as almas umas das outras, constituem a sua personalidade; se elas estivessem confundidas num todo comum, não teriam senão qualidades uniformes. Além dessas provas inteligentes, há ainda a prova material das manifestações visuais, ou aparições, que são tão frequentes e tão autênticas, que não é permitido contradizer. 4

Referências
  1. DENIS, LÉON. Cristianismo e espiritismo.  7 ed. Rio de Janeiro: FEB, cap. XI, p. 238.
  2. ABBAGNAN0, Nicola. Dicionário de filosofia. Tradução de Alfredo Bosi e Ivone Castilho Benedetti. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 542.
  3. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Introdução II, p.25.
  4. DENIS, LÉON. Depois da morte. 13 ed. Segunda  parte, cap X,  p.127 a 132.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

terça-feira, 16 de outubro de 2012

SÓ PODEMOS MORRER UMA VEZ?



SÓ PODEMOS MORRER UMA SÓ VEZ?


“E, como aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o Juízo”. (Hebreus 9:27)

Quem escreveu Hebreus?   Muitos cristãos atribuem a autoria da epístola ao Apóstolo Paulo, mas os estudiosos dizem que o modo como ela foi elaborada, difere das outras epístolas paulinas. Mas "talvez" tenha sido Timóteo, Apolo, Lucas, Barnabé, Clemente de Roma, Silas, Filipe e Priscila.
No terceiro século, Orígenes escreveu:
“Só Deus sabe ao certo quem escreveu a epístola.”


Começa por aí. Ninguém sabe ao certo quem escreveu Hebreus. Que conhecimento tinha para tal? Mas, analisando esta passagem que muitos usam para contestar a REENCARNAÇÃO, vamos ver que não tem sentido. Se aceitarmos que somente morremos uma vez, haveria 3 problemas: Primeiro: Jesus ressuscitou Lázaro. Este então, teve duas mortes? Segundo: Se Lázaro estava morto a dias, e o juízo vem após a morte, não teria sido ele julgado por Jesus? Será que ele teve permissão de voltar do céu ou do inferno? Terceiro: Afinal, em que ocasião seremos julgados? Após a morte ou no juízo final, onde muitos acreditam que Jesus voltará e julgará os vivos e os mortos, separando o joio do trigo?

Achamos que o verdadeiro sentido da frase, baseado nos conhecimentos da Doutrina Espírita, é que
só podemos morrer uma só vez a cada encarnação, ou seja, o que não existe é a "RESSURREIÇÃO" e não a "REENCARNAÇÃO". Porque "ressurreição" significa o Espírito ressurgindo ou retornando ao mesmo corpo físico. O que é impossível, cientificamente falando. O "ressurgimento" do Espírito é em um novo corpo carnal, por isso Allan Kardec usou a palavra "reencarnação".

Então perguntamos: Por que a resistência em acreditar na reencarnação? Por que se apegar a uma frase com tantas outras evidências? Vejamos em Mateus 17:10:
"Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “o que querem dizer os doutores da Lei, quando falam que Elias (que já estava morto) deve vir? Jesus lhes explicou: "Certamente Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas. Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram.”Comenta Mateus em 17:13 "Então os discípulos compreenderam que Jesus falara a respeito de João Batista.” Nesta passagem, Jesus deixa claro que Elias, que muitos esperavam a volta (voltar de onde e como se ele estava morto?), já veio, ou seja, já REENCARNOU, e já haviam feito com ele o que quiseram (cortaram sua cabeça). Então, os discípulos entenderam que João Batista era a reencarnação de Elias. Portanto, concluimos que Elias morreu 2 vezes, quando era Elias e quando retornou à carne como João Batista. 

Então, preferimos dizer que: "Se nossa esperança em Cristo se limita a essa vida somos os mais infelizes de todos os homens." - Coríntios 15:19

sábado, 13 de outubro de 2012

Educação Tarefa de Emergência

Educação Tarefa de Emergência

Osmar Marthi Filho
Nosso mundo passa por profundas transformações, tanto do ponto de vista material, quanto social, político, econômico e moral. O Espiritismo alerta-nos que são chegados os tempos da idade viril da Humanidade, como
preconiza o insigne Codificador,Allan Kardec, em A Gênese.1

Mas toda transformação implica em mudanças e estas demandam de cada um de nós novas posturas; para isso, precisamos estar preparados para o novo.

Somos Espíritos em longa jornada evolutiva, na qual fomos angariando experiências ao longo de inúmeras reencarnações e, desse modo, construindo nossa milenar bagagem evolutiva.

Diante dos novos tempos, que se descortinam para a Humanidade – Nova Era,a Era de Regeneração – é fator preponderante para garantirmos nossa entrada segura nessa era de amor: a Educação, aqui entendida como “o conjunto de hábitos adquiridos”, como Kardec a considera.2

Embora precisemos acompanhar o progresso material, social, cultural de nossa sociedade, jamais podemos abrir mão dos valores ético-morais que caracterizam o Cristianismo e o Espiritismo, os quais têm como base a lei áurea, anunciada por Jesus, há dois mil anos: “Fazer ao próximo o que gostaríamos que nos fosse feito”, “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” (Lucas, 10:27).

Santo Agostinho traz-nos importantíssimas orientações sobre a Educação em seu belíssimo texto “A ingratidão dos filhos e os laços de família”,3 no qual nos ensina que a principal missão dos pais é “aproximar de Deus” a alma de seus filhos. Clara a orientação do nobre Espírito: a de que temos que envidar todos os nossos esforços para identificar as más tendências de nossos educandos, corrigindo-as e incentivando suas virtudes. Essa é a missão que nos está confiada pelo Criador e da qual teremos que prestar contas.

O Espiritismo é uma Doutrina educadora por excelência, a própria reencarnação é um processo de reeducação do ser, pois retornamos crianças a um lar, a uma família, para sermos reeducados, pois, como criança, o Espírito está mais acessível a receber a orientação dos pais e educadores, seja na escola, seja na Casa Espírita, seja por meio da Evangelização Infantojuvenil.

Lembremo-nos de que mais forte que mil palavras é o exemplo. A criança observa as condutas e atitudes daqueles com quem convive mais diretamente, podendo comportamento No mundo de hoje, em que há extrema liberdade, precisamos nos lembrar do profundo ensinamento do Apóstolo Paulo, quando nos diz: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém” (I Coríntios, 6:12),4 alertando-nos quanto aos limites de nossa conduta e, sobretudo, às consequências de nossos atos.

A criança e o jovem precisam aprender que suas atitudes têm consequências, e sua liberdade, limites, exatamente onde começa o direito alheio, e que precisamos responder por nossas ações, perante as leis humanas e, sobretudo, perante as leis divinas, insculpidas em nossa consciência, daí o termo responsabilidade. Algo um tanto esquecido nos dias de hoje.

Instado sobre essa questão, Divaldo Pereira Franco, educador de almas, orienta-nos que “a educação espírita, trazendo a evangelização infantojuvenil à luz do Espiritismo, é tarefa de emergência, mais que de urgência. Vou deixá-lo crescer, depois ele escolherá (a Religião que quiser seguir) representa, para mim,o mesmo que o deixar contaminar-se com o tétano, ou outra enfermidade, para depois aplicar o remédio [...]”.4

A Doutrina Espírita e a Casa Espírita muito podem contribuir com os pais e os educadores em suas relações com as crianças e jovens, no âmbito da educação, especialmente nas tarefas da Evangelização infantojuvenil, que devem ser trabalho essencial na Casa Espírita, conduzindo-as com extremo carinho e cuidado, pois estamos, dessa forma, contribuindo para formar Espíritos melhores, os quais, por sua vez, transformarão o Planeta em Mundo
de Regeneração. Se a Casa Espírita não tem, deve formar esse trabalho;se tem, deve mantê-lo e melhorá-lo.As Federativas espíritas, órgãos de Unificação do Movimento Espírita,têm a obrigação de apoiar essas tarefas nos centros, devendo trocar experiências entre si, no intuito de aprenderem conjuntamente e ampliarem esse importantíssimo trabalho.

Por outro lado, os pais, frequentadores ou não das casas espíritas, têm, nesse serviço, prestado pelo Centro Espírita, importantes subsídios que os auxiliarão na educação de seus filhos, bem como no grupo de pais, ou escola de pais, que será então um espaço para troca de experiências e de aprendizagem da difícil e fundamental tarefa de educar Espíritos.

Além disso, as Mocidades e Juventudes Espíritas oferecem ao jovem um grupo – já que nessa fase o jovem aceita conviver em grupo – o qual deverá ser um grupo harmonioso,equilibrado, saudável, formado por jovens que, via de regra, frequentaram a Evangelização Infantil, cujas famílias conhecemos e que, geralmente, também frequentam a Casa Espírita.

Içami Tiba nos diz: “Os pais que encaminham o filho para alguma religião, não vão buscá-lo na cadeia”5. Embora deva haver casos em que, mesmo recebendo orientação moral, o Espírito possa equivocar-se em função de suas tendências, ao receber, porém, ensinamentos de boa conduta e religiosidade, torna-se mais fortalecido no bem, como que vacinado contra desvios mais graves.

Recorrendo a Jesus, ao Educador dos Educadores, Mestre de nossas vidas, aprendemos com Ele a pedagogia do amor, que não julga, não condena, não força consciências,mas convida, conduz, traz à tona as aquisições anteriores. Daí o termo educação – do latim educare – ex--ducere –, que significa conduzir para fora, tirar de dentro de – ou seja,reorganizar os conteúdos do Espírito.

Como ocorreu na célebre passagem da mulher adúltera, Jesus não a condenou, nem a eximiu de suas responsabilidades, dizendo àqueles que a queriam lapidar: “Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado”(João, 8:7). Como todos se retirassem, ficando a sós com ela, diz-lhe: “Vai e não peques mais” (João, 8:11), mostrando com isso que não temos o direito de julgar e condenar, mas tão somente o de,com amor, despertar a criatura para
as responsabilidades e consequências de suas atitudes, porque o amor é o grande recurso do educador.

Referências:

1KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 52. ed. 5. reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2012. Cap. 18, it. 14.
2______. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 92. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2012. Comentário de Kardec à q. 685a.
3______. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 130. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2012.Cap. 14, it. 9.
4FRANCO, Divaldo P. Diálogo com dirigentes e trabalhadores espíritas. São Paulo: USE, 1981. p. 67-68.

5Palestra ministrada pelo médium psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba. Disponível em: <www.spiritismo.de/Evangelizacao.htm>. Acesso em: 23/7/2008.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

SEJA GENTIL ASSIM MESMO





SEJA GENTIL ASSIM MESMO

Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.

Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto assim mesmo.

O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem Paz, é Feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja Feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas.