"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A vida de Jesus


Mergulhado no fluido cósmico universal, o Espírito Jesus transcende barreiras psíquicas imensuráveis para chegar até nós. 
 
Vivemos em um planeta de provas e expiações onde o Espírito ainda estagia em níveis evolutivos inferiores, provenientes das ações mal resolvidas do seu pretérito espiritual. A figura de Jesus em relação ao planeta é a presença divina do amor em forma de misericórdia e compaixão por todos nós encarnados e desencarnados, que também precisamos da sua sagrada atenção. 
 
Desde a Galileia distante, nos primeiros momentos da sua mensagem, ensinou aos homens a verdadeira necessidade de comunhão com Deus, e recebeu os enfermos da alma – que somos todos nós, que muitas vezes negligenciamos os seus ensinamentos. 
 
A vida de Jesus é uma epopeia de luz e amor, é o momento divino em que a humanidade tem a oportunidade de conviver com o ser mais perfeito que Deus ofereceu ao mundo como modelo e guia.
 
A vida de Jesus é a presença da compaixão em nossas vidas, compreendendo que somos seres, embora imperfeitos, mas com a necessidade precípua de evolução. Indicou isso no diálogo sublime com Maria Madalena: “Mulher, ninguém te condenou; eu também não te condenarei, mas, de futuro, não tornes a pecar”, mostrando-nos que temos de lutar contra as imperfeições que muitas vezes surgem como obstáculos à nossa reforma interior.
 
Como narra o nobre Espírito Amélia Rodrigues, “Jesus é a personificação do amor, e continua sendo o mesmo, ontem, hoje e sempre”. Basta silenciar o nosso psiquismo para sentir as maviosas energias do seu magnetismo que resplandece como lenitivo para as nossas dores e dificuldades. Hoje, com o advento do Espiritismo, Jesus volta de novo aos moldes sublimes das primeiras horas do Cristianismo primitivo, na figura genuína da Igreja do Caminho, onde recebia a todos com a felicidade maior de fazer a eles tudo aquilo que nós gostaríamos que nos fosse feito. É este Jesus simples, humilde, terno, infinitamente de amor, que a doutrina dos Espíritos vem relembrar para todos os homens que tenham olhos e ouvidos de ver e de ouvir. 
 
“Se me amais, guardai os meus mandamentos e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro consolador para que fique eternamente convosco” – este é o convite que ecoa pelos séculos. Neste sentido, o homem Jesus continua sendo o caminho, a verdade e a vida para todos que o buscam nos sentimentos enobrecedores que irão se refletir como bálsamo regenerador de todas as moléstias psíquicas da alma em evolução. 
 
Assim, trabalhemos na seara divina, relembrando as paisagens genuínas da Palestina distante – que permanece atual em nossas existências – por ter sido ali, naquelas paisagens simples e bucólicas da Galileia, e, principalmente em Cafarnaum, que Ele, o Messias, escolhera para instaurar as bases sublimes do seu evangelho de amor. 

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sábado, 10 de novembro de 2012


Por que comigo? – Entendendo o papel da dor em nossa vida


“Embora a dor e o pranto, não permitas
Que a tua fé sublime se abastarde...
Abraça a luta e segue para a frente,
Antes que seja tarde”
Espírito João Coutinho *

Emmanuel, o orientador Espiritual de Francisco Cândido Xavier, ditou para o Médium brasileiro a lição intitulada “A Mestra Divina”, parte do livro “Ceifa De Luz”, do mesmo autor. Neste belíssimo texto, o Espírito comenta os benefícios causados pela dor àqueles que compreendem a corrigenda, saindo da experiência, melhorados.  Explica que a dor “devolve-nos todos os golpes com que dilaceramos o corpo da vida, para que não persistamos na grade do erro ou nos cárceres do remorso”. (EMMANUEL, 1979, p. 119.) 

Afirma, ainda, que a Mestra Divina “aqui corrige, adiante esclarece, além reajusta, mais além aprimora” (p. 120), explicando, portanto, até onde a Dor pode atuar em nós, caso permitamos nos favoreça com suas sagradas lições.

Dentro dos postulados Espíritas, aprendemos que pertencemos, no atual estágio evolutivo, à categoria de Espíritos Imperfeitos, portanto, incompletos, em muito ignorantes, e, em muitos casos, ainda maus, essencialmente. Daí a necessidade de residirmos, temporariamente, em um mundo que reflete nosso estado íntimo, ou seja, em um planeta classificado como sendo de “provas e expiações”. 

Tal classificação nos ajuda a entender o caráter da dor que nos atinge, na atualidade.
Podemos ser despertados por ela, a fim de resgatarmos débitos contraídos no passado [tanto remoto como atual], ou ainda para provarmos se já conseguimos desenvolver em nós as virtudes necessárias e possíveis para o momento.

“Não fiz nada para merecer isto! É um absurdo!”, afirmam muitos. Por certo, estes ainda não tomaram consciência de que muito temos a aprender na escola da vida; que aqui estamos na figura de devedores, buscando a regeneração, pelas vias da reencarnação e que toda experiência difícil nada mais é que oportunidade de aprendizagem. Instrumento perfeito, que serve:

Para uns, na aquisição da paciência.

Para outros, da humildade.
 
Outros, ainda, da resignação e da fé.
 
Ou de todas estas virtudes, concomitantemente.
 
Certo é que a Dor surge para crescermos. Este é o seu objetivo. O que faremos, com a sua visita, corre por nossa conta.
 
Diante das adversidades da vida, podemos buscar o que nos cabe aprender, fazendo o melhor, ou, revoltosos e indignados, podemos nos rebelar contra Deus, desfazendo-nos em muxoxos intermináveis e incabíveis.
 
Viktor Frankl, o eminente psiquiatra vienense, devido ao fato de ser judeu, foi perseguido e preso em campos de concentração, na Alemanha nazista. A esposa grávida, seus pais e irmãos pereceram nestes campos. Entretanto, o desafortunado homem sobreviveu e, estando em situação de completa fragilidade, buscou, acima das dores, um sentido para seu sofrimento.
 
Quando conseguiu a liberdade, lutou por divulgar suas percepções. Frankl passou a ensinar que o sentido da vida pode ser encontrado por uma pessoa através de três caminhos:
 
O primeiro diz respeito ao exercício de um trabalho que seja importante, ou a realização de um feito, uma missão, que dependa de seus conhecimentos e de sua ação, e que faça com que a pessoa se sinta responsável pelo que faz; o segundo caminho é o do amor a uma pessoa ou a uma causa, uma ideia, o que estabelece uma responsabilidade para com a pessoa amada ou à causa defendida e, por último, quando diante de um sofrimento inevitável, assumir uma postura de buscar um significado e utilidade para a dor, pois através da experiência cada pessoa pode contribuir para a vida de outras pessoas.

Afirmou ele que “dentro de cada um de nós há celeiros cheios onde nós armazenamos a colheita da nossa vida. O significado está sempre lá, como celeiros cheios de valiosas experiências. Quer sejam as ações que fizemos, ou as coisas que aprendemos, ou o amor que tivemos por alguém, ou o sofrimento que superamos com coragem e resolução, cada um destes eventos traz sentido à vida. Realmente, suportar um destino terrível com dignidade e compaixão pelos outros é algo extraordinário. Dominar seu destino e usar seu sofrimento para ajudar os outros é o mais alto de todos os significados para mim”. (FRANKL, 1985). Espírito valoroso, soube ouvir e entender a dor, retirando dela o que tinha de melhor.

No capítulo intitulado “O Poder do Amor”, do livro “No Mundo Maior”, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, irmã Cipriana, a devotada tarefeira do Bem, falando sobre os recursos da Dor, afirma, categoricamente, que “muitos retiram do sofrimento o óleo da paciência, com que acendem a luz para vencer as próprias trevas, ao passo que outros dele extraem pedras e acúleos de revolta, com que se despenham na sombra dos precipícios” (LUIZ, 1947 p. 92).

Sentir a dor é obrigatório. Revoltar-se com ela é opcional, assim como seguir pelos caminhos da regeneração, através da paciência e do amor.

Na atualidade, grandes dificuldades assolam o Planeta. Trata-se do processo de transição, no qual estamos à mercê de grandes convulsões, sejam de ordem individual, social, cultural, econômica, política ou geológicas. São as “dores do parto”, anunciadas profeticamente por Jesus. Dores que nos farão melhores, a fim de podermos habitar um Planeta também melhorado, física e moralmente.

Portanto, urgente nos prepararmos intimamente para este momento. Entendermos que no planejamento divino não cabem equívocos. Que nenhuma dor nos chega na qualidade de carta endereçada a outra pessoa.

Com esta certeza, teremos força para ultrapassar as ventanias que anunciam a grande tempestade, com os alicerces do entendimento e do amor.

Logo mais, quando o sol tornar a brilhar, concedendo-nos seus raios iluminativos e refazedores, anunciando um novo amanhecer no clima planetário, poderemos, uma vez melhorados, usufruir da paz que tanto almejamos.

Cabe salientar ainda que aqueles que já possuem em si as ferramentas íntimas capazes de darem conta das adversidades, sem tantos desequilíbrios emocionais, estão munidos de instrumentos que devem ser utilizados no auxílio aos irmãos por agora equivocados.

Ainda no livro “Ceifa de Luz”, agora no capítulo “Desenvolvimento Espiritual”, Emmanuel, falando sobre as questões de subdesenvolvimento humano, se utiliza da expressão para falar dos subdesenvolvidos espirituais. Comenta que devemos reconhecer que existe “uma retaguarda enorme de criaturas empobrecidas de esperança e coragem, não obstante quase toda ela constituída de companheiros com destaque merecido na cultura e na prosperidade da Terra”. (EMMANUEL, 1979, p. 207.) E, indicando nossa posição diante de tais irmãos, pede-nos para que nos abasteçamos de suficiente amor para compreendê-los e auxiliá-los, pois se tratam de “amigos chamados a caminhar nas frentes da evolução, com áreas enormes de influência e possibilidade no trabalho do bem de todos, mas detentores de escassos recursos no campo do sentimento para suportarem, com êxito, as crises da época de mudança” (EMMANUEL, 1979, p. 208). 
 
Destacamos que o Espírito menciona “crises da época de mudança”, ou seja, fala-nos sobre a transição, por nós citada, e que traz em seu bojo a marca da dor, na forma de medicamento amargo, porém necessário, tanto para o despertamento dos que dormem, nas camas do materialismo, como para impulsionar o desenvolvimento espiritual, tão necessário nestes tempos de pós-modernidade, nos quais imperam os desregramentos morais de toda ordem. 
 
Tempos difíceis, que nos pedem pratiquemos aquilo que Jesus nos ensinou há 2000 anos: Oração e Vigilância, a fim de buscarmos forças para darmos conta dos desafios, através do contato com as esferas mais elevadas da Vida, e, ao mesmo tempo, observando constantemente nosso íntimo, para que não venhamos a repetir antigos erros.
E, assim como escreveu Renato Teixeira, na canção “Tocando em Frente”, precisamos ter em mente que “cada um de nós compõe a própria história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, e ser feliz”. 

Avante!

Referências Bibliográficas:

EMMANUEL [Espírito]. Ceifa de Luz.  [psicografado por] Francisco Cândido Xavier, 3ª ed. Brasília, FEB, 1979.

LUIZ, A. [Espírito]: No Mundo Maior, [psicografado por] Francisco Cândido Xavier, 1947; 26ª ed. 2ª reimpressão, Rio de Janeiro, FEB, 2009.

FRANKL, V. A Descoberta de Um Sentido No Sofrimento, Entrevista na África do Sul, 1985, disponível no Youtube, http://www.youtube.com/watch?v=5cd2KANOJuU acessado em 11 de setembro de 2011.

Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis: Editora Vozes, 1991.

* Espírito João Coutinho - Do livro: Poetas Redivivos, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS

Divaldo P. Franco fala sobre as influencias dos espíritos sobre nosso pensamentos.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

 APROVEITA



“Se alguém diz: – eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” – (1ª Epístola à João, 4:20.)

A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.

Aproveita as lutas e dificuldades da senda para a expansão de ti mesmo, dilatando o teu círculo de relações e de ação.

Aprendamos para esclarecer.
 
Entesouremos para ajudar.
 
Engrandeçamo-nos para proteger.
 
Eduquemo-nos para servir.
 
Com o ato de fazer e dar alguma coisa, a alma se estende sempre mais além…
 
Guardando a bênção recebida para si somente, o espírito, muitas vezes, apenas se adorna, mas, espalhando a riqueza de que é portador, cresce constantemente.
 
Na prestação de serviço aos semelhantes, incorpora-se, naturalmente, ao coro das alegrias que provoca.
 
No ensinamento ao aprendiz, liga-se aos benefícios da lição.
 
Na criação das boas obras, no trabalho, na virtude ou na arte, vive no progresso, na santificação ou na beleza com que a experiência individual e coletiva se alarga e aperfeiçoa.
 
Na distribuição de pensamentos sadios e elevados, convertese em fonte viva de graça e contentamento para todos.
 
No concurso espontâneo, dentro do ministério do bem, une-se à prosperidade comum.
 
Dá, pois, de ti mesmo, de tuas forças e recursos, agindo sem cessar, na instituição de valores novos, auxiliando os outros, a benefício de ti mesmo.
 
O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
 
Aproveita a gloriosa oportunidade de expansão que a esfera física te confere e ajuda a quem passa, sem cogitar de pagamento de qualquer natureza.
 
Se buscas o Pai, ajuda ao teu irmão, amparando-vos reciprocamente, porque, segundo a palavra iluminada do evangelista, “se alguém diz: – eu amo a Deus, e aborrece o semelhante, é mentiroso, pois quem não ama o companheiro com quem convive, como pode amar a Deus, a quem ainda não conhece?”

sábado, 3 de novembro de 2012

Viver – Um direito de todos


Quando o ser humano já começava a apresentar condições para conhecer os princípios elementares da justiça, a Providência Divina enviou, através da mediunidade de Moisés, a primeira revelação das Leis de Deus, os Dez Mandamentos. Destes, o quinto mandamento observa objetivamente: “Não Matarás”. Direito, claro, inquestionável, não suscita dúvidas e não abre exceções.

O Evangelho de Jesus, destacando a magnitude da Lei de Amor, ratifica esse mandamento e lhe amplia a compreensão, assim como a Doutrina Espírita quando observa: “Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? R.: “O de viver. Por isso ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer a sua existência corpórea.” (O Livro dos Espíritos, Ed. FEB, q. 880.)

Para as Leis Divinas, portanto, o ser humano tem o pleno direito de viver e o dever de preservar sua vida, não havendo nenhuma restrição a esse direito decorrente das deficiências físicas, mentais, morais ou sociais que apresente.

Os Espíritos superiores, desde a metade do século XIX, esclarecem que a união da alma ao corpo, na reencarnação, começa na concepção (Op. Cit., q. 344), e a ciência dos homens, por sua vez, evoluindo nas suas pesquisas, já reconhece que o ser humano começa a existir no momento da concepção. Com esta convicção, as leis humanas, também evoluindo nos seus conceitos e aproximando-se cada vez mais das Leis Divinas, já asseguram ao ser humano, em muitos países, o direito à vida em todas as fases da sua existência, desde a concepção.

Observa-se assim que, da concepção ao velho, em qualquer fase, o ser humano tem o direito a viver seja qual for a condição física, mental, moral ou social em que se apresente.

A reencarnação é o eixo fundamental para o Espírito enriquecer-se de experiências sublimes na sua senda evolutiva. E essas experiências adquiridas, principalmente as mais marcantes e dolorosas, são indispensáveis na conquista dos valores espirituais que promovem a construção e o aprimoramento de sua personalidade, realizada em total respeito às leis de Liberdade e de Progresso que emanam de Deus.

Proteger e dignificar a vida do ser humano em qualquer fase de sua existência (concepção, zigoto, embrião, feto, recém-nascido, criança, jovem, adulto ou idoso) e em qualquer condição na qual se apresente (com ou sem deficiências ou mazelas de toda ordem) é, portanto, compromisso de todos os que já compreendem a beleza da vida e a grandiosidade da Criação, seja material ou espiritual.

Nestor João Masotti é presidente da FEB.
(Transcrito de: Editorial, Reformador, setembro de 2011).

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


CURA E AUTOCURA

Divaldo Pereira Franco fala sobre "Cura e Autocura" no Programa Despertar Espírita, produzido pelo Clube de Arte, exibido no dia 05 de Dezembro de 2010.