"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

sábado, 22 de setembro de 2012

Ação Espírita e Política


Ação Espírita e Política


Para progredir, o homem precisa da sociedade. O progresso não é o mesmo para todos, então os mais adiantados devem ajudar o progresso dos outros por meio do contato social. Esse auxílio, essa participação é uma ação política, embora possa não ser (e na maioria das vezes não o é) uma ação político-partidária. Para o espírita, essa ação política deve ser sempre inspirada nos princípios expressos pelo aspecto filosófico do espiritismo, que o levam a amar e, nesse caso, Amar é desejar o bem; logo, a exteriorização política do amor é a expressão do querer bem e do agir para o bem de todos.

Alerta-nos o espiritismo que o progresso intelectual realizado até o presente, em larga escala, é um grande avanço e assinala uma primeira fase de desenvolvimento da humanidade, sendo impotente, porém para regenerá-la. Enquanto o homem estiver dominado pelo orgulho e pelo egoísmo ele utilizará sua inteligência e seus conhecimentos para satisfazer suas paixões e seus interesses pessoais, não se importando em prejudicar seu semelhante e até mesmo destruí-lo.

Somente quando, através do progresso moral, o homem dominar o orgulho e o egoísmo, ele poderá ampliar sua felicidade na Terra, podendo, então, desfrutar da paz e da fraternidade. Isso só será possível quando os homens considerarem que, como irmãos, devem-se auxiliar mutuamente e não o forte e poderoso explorar e viver às custas do mais fraco (v. A Gênese, Allan Kardec, cap. XVIII, item 18 e 19).

Na mesma obra, Allan Kardec revela os caracteres daqueles que devem participar da estruturação de uma sociedade justa e amorosa: "Cabendo-lhes fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem a crença espiritualista, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração". (G.N.)

Consequentemente, a ação política dos bons é um imperativo na hora atual. O espiritismo apresenta conceitos claros e precisos para essa atuação. "A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Aos homens progressistas se deparará nas ideias espíritas poderosa alavanca e o espiritismo achará, nos novos homens, espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo". (A Gênese)

O espiritismo não cria a renovação social; a madureza da humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pelas generalidades das questões que abrange, o espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados, (in A Gênese, Allan Kardec — g.n.)

Da análise dos conceitos expostos surge clara a estimulação do espirtismo à participação no processo político, social, cultural econômico, de modo a secundar o movimento de regeneração da sociedade humana em bases de justiça e amor. Para tal ação é imprescindível que se tome conhecimento dos princípios e normas da doutrina social espírita, contida em O Livro dos Espíritos,em sua terceira parte.

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