"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

sábado, 31 de março de 2012


NÃO ESTRAGUE O SEU DIA – Chico Xavier (André Luíz)


A sua irritação não solucionará problema algum...
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas...
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar...
O seu mau humor não modifica a vida...
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus...
A sua tristeza não iluminará os caminhos...
O seu desânimo não edificará a ninguém...
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade...
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você...


Não estrague o seu dia...
Aprenda com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitivamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

sexta-feira, 30 de março de 2012

PENSE NISSO - Chico Xavier (André Luís)


 PENSE NISSO - Chico Xavier (André Luís)


Se você considerasse as provações e as desvantagens do ofensor...
Se experimentasse na própria pele o processo obsessivo do companheiro caído em tentação...
Se você carregasse a sombra da ignorância, tanto quanto aquele que erra...
Se sofresse a dificuldade do amigo que lhe não pode atender aos desejos...
Se estivesse doente, qual a pessoa que procura ser agradável sem consegui-lo...
Se você fosse uma das criaturas, cuja segurança depende do seu bom humor...
Se conhecesse todas as necessidades de quem precisa da sua cooperação...
Se percebesse em si mesmo o esgotamento daquele que serviu até o extremo cansaço e agora já não lhe pode ser útil...
Se meditasse nas consequências de sua irritação ou de sua cólera...
Se você refletisse na caridade da paz e da alegria, em favor dos outros, que lhe capitalizará, cada vez mais, a própria felicidade, certamente que você nunca perderia a paciência e saberia trazer no coração e nos lábios a boa palavra e o sorriso fraterno por bênçãos incessantes de Deus.

sexta-feira, 23 de março de 2012

HISTÓRIA REAL DE REENCARNAÇÃO





Allan Kardec escreveu no Livro dos Espíritos: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. Não é fácil depararmo-nos com fatos que não compreendemos e abalam nossa fé, entretanto resta-nos  o convite à abertura de pensamentos. Em pleno século XXI ainda encontramos velhos preconceitos que fecham os olhos e tapam os ouvidos de muita gente, e a tanto tempo disse o Mestre Jesus: "Quem tem ouvido de ouvir, ouça" (Mat. 11:15). Presos às velhas concepções, com receio de encarar de frente a Verdade, da qual o mesmo Cristo falou: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" (João 8:32). Pois bem, para nós, Espíritas, a Reencarnação não é objeto apenas de crença, mais de certeza. Sabemos porque não só a Escritura veladamente ensina (João 3:3) (Jó 8:8,9) (Salmo 78:33 e 34) (Jer. 1:5) (Mat. 16:13,14) (I Ped. 3:19,20) (Mat. 5:25,26), como a história refere, a lógica a evidencia, os mentores espirituais a confirmam e a própria Ciência já começa a ratificar todos os seus postulados.

Leia mais no LIVRO DOS ESPÍRITOS (Allan Kardec), nos livros A REENCARNAÇÃO COMO LEI BIOLÓGICA (Dr. Décio landoli Jr), O ESPIRITISMO E AS IGREJAS REFORMADAS (Jaime Andrade) e O ESPIIRITISMO À LUZ DOS FATOS (Carlos Imbassahy).

Mona Lisa

quinta-feira, 22 de março de 2012



O AUXÍLIO VIRÁ -  Chico Xavier (Emmanuel)



O problema que te preocupa talvez te pareça excessivamente amargo ao coração.
E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto.
Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a idéia de haver perdido o próprio rumo.
Entretanto, não esmoreças.
Abraça o dever que a vida te assinala.
Serve e ora.
A prece te renovará energias.
O trabalho te auxiliará.
Deus não nos abandonará.
Fazê silêncio e não te queixes.
Alegra-te e espera porque o Céu te socorrerá.
Por meios que desconheces, Deus permanece agindo.

Bezerra e a Transição Planetária


“Meus filhos:
 Que Jesus nos abençoe.
A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado.
Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.
Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.
Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto  esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura…
Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.
Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão. As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.
Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.
Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.
Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral.
Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.
Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era. As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas. Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.
O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade.
Dai-vos as mãos! Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem-se secundários diante das metas a alcançar.
Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos  que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus… Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.
Ser  espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.
Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.
Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.
Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.
Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.

Bezerra.”

Divaldo Pereira Franco (Los Angeles – 13.11.2010)

3º Congresso Espírita Brasileiro - 20 de Abril de 2010

Psicofonia de Drº Bezerra de Menezes por Divaldo Franco 

"Postura Espírita na Era da Transição Planetária"




quarta-feira, 21 de março de 2012


Reflexões sobre a Calúnia – Divaldo Franco (Joanna de Ângelis)

  
Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.
Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.
Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.
Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.
Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.
Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.
Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.
A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.
Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.
* * *
Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.
Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.
Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.
Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.
Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.
Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...
Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...
Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.
Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.
Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.
Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.
Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso
Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.
Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...
Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...
A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.
* * *
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?
Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?
Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!
...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!
Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.
Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.
Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.


Prece de Cáritas


Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade! 
Deus, Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. 
Pai, Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!

Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor,  para aquele que vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte, a paz, a esperança, a fé.
Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas  fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. 
E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.
Deus, dai-nos a força para ajudar o progresso, afim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem.
Assim Seja
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Breve histórico
A prece, denominada De Cáritas, tem sido querida e contritamente orada por várias gerações de espíritas.
Cáritas era um espírito que se comunicava através de uma  das grandes médiuns de sua época - Mme. W. Krell - em um grupo de Bordeaux (França), sendo ela uma das maiores psicografas da História do Espiritismo, em especial por transmitir poesia, da lavra de Lamartine, André Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, além do próprio Edgard Allan Poe. Na prosa, recebeu ela mensagens de O Espírito da Verdade, Dumas, Larcordaire, Lamennais, Pascal, e dos gregos Ésopo e Fenelon.
A prece de Cáritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Cáritas, de quem são, ainda, as comunicações: "Como servir a religião espiritual"e "A esmola espiritual".
Todas as mensagens que Mme. W. Krell psicografada em transe, e, que chegaram até nós, encontram-se no livro Rayonnements de la Vie Spirituelle, publicado em maio de 1875 em Bordeaux, inclusive, o próprio texto em francês (como foi transmitido) da Prece de Cáritas.


Convocação de Eurípedes Barsanulfo

 
Amigos em Cristo, esperança em seus corações.
 
Um fenômeno social irreversível vem ocorrendo nas relações: a superação dos modelos verticais de convivência.
Contrapondo os velhos referenciais de autoridade para ditar o que fazer e como fazer, a família e a escola, a religião e a cultura, assim como todas as organizações humanas são convocadas a repensar as carcomidas formas de relacionamento.

Ninguém estabelece as normas, ninguém tem certezas ou verdades definitivas. Todos em busca de posicionamento a partir de suas necessidades mais profundas. O caminho atual aponta para a criação de relações horizontais, a diluição dos papéis e a formação de grupos cooperativos. Os clamores da alma retumbam no coração humano à procura de paz, equilíbrio, saúde e sossego interior. Um extenso labirinto apresenta-se, cujo percurso é individual, singular. É a saga da alma em crescimento, eterna perseguidora da felicidade e das respostas para Ser em plenitude.
Cartilhas e padrões, estatutos e regras sofrem golpes impiedosos. A nova ordem social conduz a uma decisiva derrocada na supremacia de velhos e corroídos significados. Ressignificar... Dar sentido novo em direção a um porvir de esperanças e completude interior.

Encontramo-nos em meio a essa turbulenta gestação de idéias, valores e referências. A humanidade prepara-se para adotar o conceito sistêmico, solidário. Enquanto isso, rui todos os paradigmas em verdadeira hecatombe de convenções hegemônicas. Os velhos parâmetros não atendem às necessidades do agora. Por outro ângulo, ainda não se formaram novos modelos de inspiração para que o homem se guie nas suas experiências e metas. O certo e o errado variaram totalmente seus sentidos, e ainda não se teve tempo bastante para estipular outros conceitos.

Portanto, nutrir muita certeza sobre algo, cultivar rigidez de entendimento é postura extremamente arriscada nessa fase de mutação. Não menos arriscado é assumir a desafiante atitude de “inventor” de novas formas de caminhar. Esse fenômeno social que nasce nas entranhas da alma exige siso moral, responsabilidade individual, coragem. É algo bem diferente. Antes se tinha alguém para ditar o caminhar, algum modelo, uma experiência em que se apoiar. Tornava-se cômodo responsabilizar o próximo ou alguma orientação institucional a fim de evadirmos ou esquivarmos dos efeitos nocivos de nossos atos.

Esperam-se mudanças para melhor na humanidade, todavia poucos são os que perceberam uma realidade inquestionável: a Terra mudou rapidamente. Seus habitantes não conseguiram ainda avaliar a profundidade de tudo que ocorreu nas últimas três décadas. Em trinta anos, efetivaram-se séculos de mudanças. Atordoados e aflitos, sem direção e sem rumo, a humanidade debate-se à procura de bússolas que resgatem o sentimento de segurança.

Nesse cenário global, repete-se, no iniciar do século XXI, a mesma experiência do Espiritismo prático no alvorecer do século XX. Naquele tempo, as bússolas não existiam, foram criadas. Agora, somos chamados a recriá-las. A mediunidade e seu exercício obedecem a esse ciclo inadiável e dinâmico. Os seareiros do intercâmbio, em quaisquer patamares de conquistas, são convocados a construírem sentidos novos na utilização das forças psíquicas e mentais, que envolvem a relação interdimensional entre esferas de vida.

A diversidade, conquanto, a princípio, cause insegurança, é propícia à expressão da criatividade. Criatividade que deverá sempre ser regida pelos valores morais da sensatez, da responsabilidade e do amor.

Allan Kardec, o emissário da Era do Espírito, refere-se ao fermento da incredulidade que ainda tomaria conta da humanidade por duas ou três gerações[1]. Incredulidade em relação à imortalidade e comunicabilidade do ser espiritual. Adentramos exatamente essa terceira geração, dividida em três períodos de setenta anos, a partir da chegada do Espiritismo.

É o período da sensibilidade, da fé que supera o medo humano de existir e progredir no bem.
Fé é a adesão espontânea da alma na busca da Verdade.
Mediunidade é o ventre sagrado do fervor. Através dela, ocorre a sublime gestação do patrimônio da crença lúcida e libertadora.

Raciocínio é o dínamo da lógica e do bom senso. Quando atacado pela rigidez emocional, converte-se em preconceito e estagnação.

Inúmeros grupos doutrinários transformaram o critério do raciocínio em medida prática de defesa, para não serem enganados pelas bem urdidas mistificações. Com essa postura, se não são enganados nas suas produções mediúnicas, são ludibriados quanto ao significado abrangente das relações de amor entre as almas, circunscrevendo a prática de intercâmbio às expressões superficiais de conversão de desencarnados, com espaço acanhado para a manifestação livre dos benfeitores e aprendizes da erraticidade. Vigilância excessiva é um cadeado nas portas da sensibilidade, aprisionando os sentimentos aos severos regimes de descrença e engessamento mental. A cautela excessiva com a fantasia e o engodo manietaram inúmeros servidores.
 
E o resultado mais infeliz de tanta censura é o enfermiço desânimo com as sagradas práticas de intercâmbio entre os mundos. O mais grave efeito do engessamento cultural das idéias espíritas é a paralisia da noção de imortalidade. Um plano espiritual estático e desconectado da vida na Terra.

Jesus, o paradigma do Amor Universal, ao estabelecer pela Sua Atitude a era da ética aplicada e sentida, assegurou em suas palavras: Não vim ab-rogar, porém, cumprir[2]. Que definição mais precisa se pode ter de uma transição? Quando se fala em novos significados, estamos, em verdade, referindo-nos ao ingente desafio de viver a mensagem esquecida do amor. Transição, portanto, muito antes que uma etapa que deflagra o novo, significa a sublime decisão de afinar-se com o bailado cósmico do amor, o ritmo pulsante de Deus desde a origem dos tempos infinitos.

No século XX, os espíritos procuraram os homens. Agora, os homens deverão ser os parceiros dos espíritos. Buscar-lhes para a vivência de uma relação mais consciente e educativa. O “telefone” tilinta daqui para lá, todavia, chega o instante de recebermos também os “chamados” do homem, cujos interesses repousem na transformação de si mesmo.

A bondade celeste conferiu-me novos desafios nesta casa de amor[3]. Imperioso refletirmos sobre os destinos da mediunidade ante o clímax da transição espiritual do planeta. Nossa missão consiste em avaliar medidas promissoras a nosso alcance, que facilitem a consolidação dos Planos do Espírito Verdade para a messe espírita do mundo físico no século XXI. Os primeiros cem anos do terceiro milênio serão os alicerces da Era do Espírito.
 
Na condição de educadores da alma, importa-nos reconhecer o exato valor das instituições humanas, jamais as adotando como expressões absolutas da verdade. Tradições e valores estão em acelerado processo de metamorfose. Estamos atravessando uma crise de referências sem precedentes na seara. O movimento espírita está sendo sacudido por um terremoto de diversidade. Porém, convenhamos, é nesse cenário que vai emergir a rota da regeneração.

O Espiritismo não cria a renovação social. As necessidades do homem elegerão seus princípios como senda indispensável. Não se deve deduzir, todavia, que seu perfil social servirá de modelo, porque a diversidade nesse terreno será avassaladora a tal ponto de diluir, apropriar e melhorar as características de suas práticas e conceitos. Ante essas mutações necessárias, os discípulos aferrados a modelos serão convidados a sofrido teste de desapego.

A ciência e a religião, a arte e a filosofia serão caminhos propulsores da força do pensamento espírita, sobrepujando o materialismo que grassa. Nenhum deles, no entanto, servirá de via preferencial. Por essa razão, urge desenvolver um novo significado para a comunidade adepta da verdade consoladora face ao predominante caráter religiosista. Religião com religiosidade. Religião com educação. Se a religião não educar, ficará retida no dogmatismo. Se a ciência não educar, será sovinice. Se a filosofia não educar, transformará em cátedra de vaidade. Se a arte não educar, constituirá um palco para exibicionismo. O momento converge todas as conquistas humanas para a espiritualização da criatura e pelo desenvolvimento de seus valores nobres e divinos.

Amigos e trabalhadores, nessa hora tão decisiva, os médiuns maduros revestem-se de importância singular.
O primeiro século de mediunidade orientada pelas luzes da doutrina, desde as reuniões realizadas nos núcleos familiares, ensejou um nível de intercâmbio intermundos jamais deflagrado em qualquer tempo da história da Terra. Apesar disso, somente ao libertarmo-nos do corpo, averiguamos claramente quão rude ainda são nossos contatos com o mundo físico. Por esse motivo natural, não será exagero afirmar que o século XX, no que tange à mediunidade, foi o período de ensaios promissores, tendo em vista o futuro glorioso que espera o homem psíquico do século XXI. Os médiuns mais consagrados de nossa seara fizeram-se canais abençoados para que a linfa da Divina Providência jorrasse sobre o mundo. Eles próprios, contudo, sabem que estamos, indubitavelmente, na infância dos contatos entre as esferas física e espiritual.

O século XX foi uma farta semeadura. Os grãos deram uns a trinta, outros... Outros foram sufocados, pisoteados... Que o otimismo e a bondade não entorpeçam nossa visão quanto às infelizes ciladas da maldade... Em meio à farta semeadura de bênçãos nascidas do intercâmbio mediúnico, vicejou lastimável semente de joio...
O que era apenas uma ameaça ao intercâmbio mediúnico responsável, regido pela espontaneidade, hoje se concretiza como autêntico cerceamento criado por padrões rígidos e institucionais nas leiras de serviço. Tais padrões, a princípio erigidos como “estacas de segurança”, transformaram-se em “cartilhas” por sugestões de corações bem intencionados, porém, desprevenidos quanto ao significado da singularidade nos assuntos metafísicos. Além disso, a existência dos “mentores culturais” de sofismas, em ambos os planos, multiplicaram as noções inconsistentes absorvidas pela comunidade em suas práticas e conteúdos. O resultado inevitável é o restringimento, ainda maior, das manifestações do céu para a vida terrena.
Chega a hora de um novo chamado!

A hora que atravessamos é similar à parábola das Bodas, narrada em Mateus, capítulo vinte e dois. Os convidados do Rei não compareceram para o evento. A eles, foi destinado o convite, a oportunidade lhes pertencia, entretanto, por motivos pessoais, não compareceram. O Rei, perante a ocorrência, manda seus servos nas aldeias e campos a chamar quantos se apresentassem ao mister.
O tempo e a aquisição do conhecimento têm causado perturbadora sensação de grandeza a muitos aprendizes das frentes de labor mediúnico. Desse modo, afastam de si próprios os convites ininterruptos aos novos misteres que a cada época são dirigidos à vida física, destinados a promoverem o progresso e amadurecimento de nossas relações interdimensionais.

Não se trata de criar novidades nas laboriosas frentes de intercâmbio, e sim de resgatar a linfa cristalina da produção mediúnica, exonerando-a dos pedregulhos e impurezas provenientes dos “entulhos culturais” a ela infligidos. Em verdade, propomos um retorno ao exercício mediúnico conforme as propostas do Cristo de Deus.
Somente a poder de trincheiras produtivas, implantadas em solo brasileiro no início do século XX, foi possível ampliar o raio social de ação do pensamento espírita. De tudo fizeram os vales da sombra e da morte com fins hostis a esse projeto. As tarefas socorristas constituíram-se em “válvulas de alívio” às pressões ininterruptas e incansáveis. Passaram-se cem anos nesse campo de lutas acirradas.

Ao penetrarmos esse terceiro período de mais setenta anos na busca da maioridade das idéias espíritas[4], urge algumas medidas salvadoras. A vitalidade do movimento em torno dos postulados espíritas dependerá de uma nova ordem cultural em todos os seus setores de ação, especialmente na sementeira da mediunidade.

A solidez da investigação fraterna requisita das equipes cristãs o gosto pela crítica, sincero apoio ao crescimento de todos, honestidade emocional em relação uns aos outros, tratamento responsável com todas as dúvidas. Somente nesse clima de relacionamentos sinceros e leais, respaldados pelo desejo de aprender e servir, a luz da misericórdia celeste brilhará, transformando a fragilidade humana em abundante celeiro de imorredouras venturas.

Existem servidores sérios e vigilantes na seara, experimentando o açoite da calúnia de trabalhadores incautos e orgulhosos. O tempo indica aos tais servidores do amor a discrição a fim de não terem seus ideais esmagados pelo peso da chocarrice alheia. A truanice não merece resposta. Compete-nos destinar a eles, servos destemidos, um alerta para que, nesse momento, não declinem da oportunidade de colocarem a luz onde possa ser vista por todos, no velador. São as bússolas indicadoras para os caminhos do Cristo ante os tempos novos.

O século XXI será o tempo do sentimento, e até as esferas abissais do planeta vivem esses momentos. Antes, dominavam pelas idéias, agora, com o avanço da ética e da cidadania, não conseguem usurpar, com a mesma facilidade, a inteligência humana, no entanto agridem o homem pelo coração. A inteligência avançou, mas a emoção humana, com raras e honrosas exceções, estagia no instinto!

É assim que atuam os hábeis manipuladores dos sentimentos perturbadores de desmerecimento e inferioridade. Fazem esquecer as conquistas para exacerbar a indignidade. Uma análise antropológica cuidadosa nos apontaria a intensidade com a qual as estruturas religiosas e políticas, de todos os tempos, exploraram a “cultura da indignidade” como instrumento de domínio. Os líderes das regiões abismais utilizaram de semelhante expediente na gestação desse estado deplorável das agremiações doutrinárias do Espiritismo no que tange às relações extrafísicas.

Que esse foco não entorpeça nossa razão, por se tratar de realidade previsível, considerando o caminhar lento, mas progressivo, da humanidade.

Incentivemos os caminhos novos aos nossos parceiros no mundo físico! Os médiuns que melhor irão retratar as mensagens celestes são os que educarem seus sentimentos.

As bússolas serão encontradas. É lei. O longo percurso de descoberta e criatividade solicita a aplicação de atitudes de amor condizentes com os novos tempos. Assinalemos algumas delas no intuito de estudar e debater as sendas da mediunidade em tempos de transição:
valorosa noção e aplicação do espírito de equipe;
desapego para experimentar;
coragem para experimentar;
adesão afetiva e espontânea na participação de novas vivências;
investigação nas conquistas da ciência;
acendrada postura de despretensão ante as vitórias com as novas práticas;
incansável abertura mental para ouvir, alterar, avaliar e discutir em clima de aprendizado e fraternidade;
superação dos limites filosóficos doutrinários em busca de conceitos universais aplicáveis à mediunidade.
(Palestra proferida, no início de 2000, por Eurípedes Barsanulfo, no Hospital da Esperança, extraída do livro Lírios de esperança, de Ermance Dufaux, psicografado por Wanderley S. de Oliveira, Editora Dufaux, Belo Horizonte, MG)

terça-feira, 20 de março de 2012


A Lenda da Caridade - Chico Xavier (Meimei)



Diz interessante lenda do Plano Espiritual que, a princípio, no mundo se espalham milhares de grupos humanos, nas extensas povoações da Terra.

O Senhor endereçava incessantes mensagens de paz e bondade às criaturas, entretanto, a maioria de desgarrou no egoísmo e no orgulho.

A crueldade agravava-se, o ódio explodia...

Diligenciando solução ao problema, o Celeste Amigo chamou o Anjo Justiça que entrou, em campo e, de imediato, inventou o sofrimento.

Os culpados passaram a resgatar, os próprios delitos, a preço de enormes padecimentos.

O Senhor aprovou os métodos da Justiça que reconheceu indispensáveis ao equilíbrio da Lei, no entanto, desejava encontrar um caminho menos espinhoso para a transformação dos espíritos sediados na Terra, já que a dor deixava comumente um rescaldo de angústia a gerar novos e pesados conflitos.

O Divino Companheiro solicitou concurso ao Anjo Verdade que estabeleceu, para logo, os princípios da advertência.

Tribunas foram erguidas, por toda parte, e os estudiosos do relacionamento humano começaram a pregar sobre os efeitos do mal e do bem, compelindo os ouvintes à aceitação da realidade.

Ainda assim, conquanto a excelência das lições propagadas repontavam dúvidas em torno dos ensinamentos de virtude, suscitando atrasos altamente prejudiciais aos mecanismos da elevação espiritual.

O Senhor apoiou a execução dos planos ideados pelo Anjo da Verdade, observando que as multidões terrestres não deveriam viver ignorando o próprio destino.

No entanto, a compadecer-se dos homens que necessitavam reforma íntima sem saberem disso, solicitou cooperação do Anjo do Amor, à busca de algum recurso que facilitasse a jornada dos seus tutelados para os Cimos da Vida.

O novo emissário criou a caridade e iniciou-se profunda transubstanciação de valores.

Nem todas as criaturas lhe admitiam o convite e permaneciam, na retaguarda, matriculados ns tarefas da Justiça e da Verdade, das quais hauriam a mudança benemérita, em mais longo prazo, mas todas aquelas criaturas que lhe atenderam as petições, passaram a ver e auxiliar doentes, obsessos, paralíticos e mutilados, cegos e infelizes, os largados à rua e os sem ninguém.

O contato recíproco gerou precioso câmbio espiritual.

Quantos conduziam alimento e agasalho, carinho e remédio para os companheiros infortunados recebiam deles, em troca, os dons da paciência e da compreensão, da tolerância e da humildade e, sem maiores obstáculos, descobriram a estrada para a convivência com os Céus.

O Senhor louvou a caridade, nela reconhecendo o mais importante processo de orientação e sublimação, a benefício de quantos usufruem a escola da Terra.

Desde então, funcionam, no mundo, o sofrimento, podando as arestas dos companheiros revoltados: a doutrinação informando aos espíritos indecisos quanto às melhores sendas de ascensão às Bênçãos Divinas; e a caridade iluminando a quantos consagram ao amor pelos semelhantes, redimindo sentimentos e elevando almas, porque, acima de todas as forças que renovam os rumos da criatura, nos caminhos, humanos, a caridade é a mais vigorosa, perante Deus, porque é a única que atravessa as barreiras da inteligência e alcança os domínios do coração.

segunda-feira, 19 de março de 2012



 A GRANDE TRANSIÇÃO – DIVALDO FRANCO (Joanna de Ângelis)



Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo. O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral. Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade. Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus. Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis. A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções. Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade…
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.

Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.

A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa à ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis conseqüências, que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos. Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui. A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto. Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional. Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos. O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões. Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas. As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra. Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial. A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz. Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia. Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

domingo, 18 de março de 2012


Imunização Espiritual - Chico Xavier(Emmanuel)



Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contra as influências do mal, é necessário te convenças:

Que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação;

Que toda pessoa se reveste de importância particular em nosso caminho;

Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém;

Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;

Que sem amor não há base firme nas construções espirituais;

Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho;

Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo;

Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão;

Que o ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio;

Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;

E que, em suma, não basta pedir aos Céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente para os Céus.

Recebido espiritualmente por Francisco Cândido Xavier - Texto extraído do livro "Meditações Diárias" – Editora Ide.)

sábado, 17 de março de 2012


CRIANÇAS ÍNDIGO E CRISTAL



Entrevista de Divaldo Pereira Franco ao Programa Televisivo O Espiritismo Responde, da União Regional Espírita – 7ª Região, Maringá, em 21.03.2007.
Espiritismo Responde - Um de seus mais recentes livros publicados tem por título “A Nova Geração: A visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”. Quem são as crianças índigo e cristal?

Divaldo – Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar.
Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração.
As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape).
O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis.
Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais.
As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira.
A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.

ER – Essas crianças não poderiam ser confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança?

Divaldo - Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal.
A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças...
Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las.
Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf.
A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual.
Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência.
A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição.
Daí é necessário muito cuidado.
Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais. Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental.
Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro.
As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à violência, à perversidade.

ER – Você se referiu às características mentais, emocionais dessas crianças. Elas têm alguma característica física própria? Você tem informação se o DNA delas é diferente?

Divaldo - Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades. Tratando-se de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado.
Como o nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição.
Características físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo atrevimento... Têm dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3 ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que estão sendo debatidas pelos pedagogos.


ER – Com que objetivo estão reencarnando na Terra?

Divaldo - Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro A Gênese, refere-se à nova geração que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do Pithecanthropus erectus vieram os denominados Exilados de Capela ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão. Foram eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o Elo Perdido, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos.
Logo depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a Bíblia, ao referir-se ao anjo que se rebelara contra Deus – Lúcifer.
Na atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte da Constelação de Touro.
Esses Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos capelinos.
É claro que nem todos serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados.

ER – Já que eles estão chegando há cerca de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no Mundo?

Divaldo – Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa.
O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”.
Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão.
Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que estão perdidos no anonimato.

ER – O que você diria aos pais que se encontram diante de filhos que apresentam essas características?

Divaldo - Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade.
Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura.
São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom.
A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes.
Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.