"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

domingo, 23 de junho de 2013

"O Brasil “é o coração do mundo”, e somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós". - Eurípedes Barsanulfo



Mensagem recebida no Centro Espirita “Jesus no Lar” - Em 10/05/2013
Medium - Suely Caldas Schuber
Mensagem de Eurípedes Barsanulfo (10/05/2013)



''Irmãos queridos: Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares. Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado. Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho.Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós”.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Texto de Divaldo Franco sobre o clamor político dos brasileiros



Segue texto de autoria de Divaldo Franco publicado no Jornal A Tarde do dia 20/06/13, sobre as manifestações estudantis pelo Brasil.


Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...

Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.

O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.

Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.

A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.

É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.

Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.

O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem e em paz."

Divaldo Franco

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O atual Movimento de Manifestações Populares que tomam o Brasil e a Visão da Espiritualidade.




Médium Benjamin Teixeira de Aguiar
em diálogo com o Espírito Eugênia-Aspásia, em 18 de junho de 2013.

(Benjamin) – Estimada Eugênia, poderia tecer algum comentário a respeito das últimas ocorrências de manifestações populares, Brasil afora? É de domínio comum que as reivindicações populares são um direito democrático constituído em toda sociedade dita civilizada, nos dias de hoje, desde que a ordem e a paz públicas não sejam perturbadas, mormente fazendo alusão aqui ao proibitivo uso de violência contra pessoas ou o patrimônio comum ou privado. Noticia-se que entre 200 a 250 mil manifestantes tomaram as ruas de grandes capitais brasileiras, ontem, segunda-feira 17 de junho, sobremaneira à noite. 100 mil apenas no Rio de Janeiro. 65 mil em São Paulo. Houve eclosões de violência e vandalismo.

Mais de 40 cidades do mundo, no exterior, também registraram manifestações de rua, com brasileiros (não residentes em território nacional) apoiando as reclamações de seus compatriotas, em nosso solo. Grandes e respeitáveis órgãos da imprensa internacional estamparam o país nas primeiras páginas, em manchetes alarmantes.

O movimento vem num crescendo desde a semana passada. Autoridades se contradizem, sem atinar os motivos da onda de sublevações, iniciada com um protesto aparentemente desprovido de força, contra o aumento no preço do transporte público, em alguns pontos do país. As razões estampadas em cartazes, muitos improvisados na via pública, incluem de tudo – desde a corrupção generalizada até os custos com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo do próximo ano, que deveriam, pela proposta de alguns, transformar-se em maior investimento nos setores de educação e saúde para todos. Fica evidenciada, porém, a insatisfação popular com a representatividade política nos cenários municipal, estadual e federal, com o foco de maior desgosto voltado para o Poder Legislativo.

Um dia histórico, com a rampa do Congresso Nacional tomada por manifestantes, em Brasília, e a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro servindo de palco a cenas impressionantes de baderna e caos que lembravam, em seus paroxismos, de algum modo, uma praça de guerra. Nem jornalistas conseguiam aproximar-se do local. Mais de setenta policiais foram acuados dentro da Casa Legislativa da antiga capital do país, vinte deles feridos, e populares exaltados, aos gritos de guerra, lançavam paus, pedras e mesmo coquetéis molotov contra expectantes (em sua esmagadora maioria) homens fardados.

Imagens atípicas no país. Embora a maior parte do movimento seja pacífica, políticos, jornalistas e analistas de todas as vertentes quedam-se perplexos, demonstrando estupor e incompreensão, em torno do que se passa em nossa pátria. Surpresa e confusões gerais. O protesto toma um nítido caráter apartidário e parece agregar gente de todos os segmentos da sociedade brasileira.

Arriscamos delinear este quadro geral, para propiciar aos que nos leem no presente uma visão mais ampla do a que aludimos, como também para recordar tais acontecimentos àqueles que no futuro venham compulsar estas páginas. Depois desta contextualização de nossa pergunta, solicitamos-Lhe, querida Mentora, que, se julgar apropriado e justo, nos ajude a juntar as peças desse gigante quebra-cabeças, oferecendo-nos algum esclarecimento em torno do panorama enevoado em que estamos inseridos no Brasil, atualmente.

(Espírito Eugênia-Aspásia)Questões complexas demandam abordagem interdisciplinar; e, se são também profundas, remetem às estruturas constitutivas da psique humana. A iniciativa multidimensional de interpretação do que se passa é o que se arriscará logo fazer, nos esforços conjuntos de acadêmicos e peritos, sobremaneira com perspectivas ao gosto da cultura hodierna do domínio físico de existência: de tom econômico, político e social. Tais pontos de vista não estarão equivocados: apenas permanecerão incompletos, se não considerarem o tecido profundo da alma popular e, basicamente, da alma humana, porquanto multidões são formadas de pessoas, com seus sentimentos e idiossincrasias, suas aspirações e desejos frustrados, sejam de caráter social, econômico, cultural, psicológico, espiritual etc.

Não se pode ignorar a força do inconsciente coletivo. As coletividades conformam estruturas psíquicas que, em alguns momentos, podem manifestar-se de modo pujante, irrompendo, por vezes com violência, de acordo com o grau de repressões sofridas no correr do tempo. É o caso do povo brasileiro, de perfil pacato e pouco belicoso, que, por isso mesmo, permitiu que tensões fossem acumuladas longamente, propiciando, por conseguinte, a conjuntura do “explodir a panela de pressão” da calma e ordem habituais. E os jovens, por serem menos atreitos a condicionamentos culturais e hipnoses sociais, menos comprometidos com carreiras profissionais, prole, reputação pessoal, além de portarem o natural calor juvenil dos hormônios e do idealismo peculiar à sua faixa etária, fazem-se excelentes condutores da insatisfação geral, canais vivos da potência psíquica represada, de dezenas de milhões de pessoas que, no momento, se sentem vítimas de injustiças seculares, no tecido da organização sociopolítico-econômica brasileira.

(Benjamin) – Por isso, então, o movimento ainda pode crescer?

(Espírito Eugênia-Aspásia)Dependendo do quanto se haja extravasado ou não desse potencial suprimido e de quantos dos seus propósitos (inconscientes – permita-nos afirmar) sejam atingidos. Levantes populares e revoltas, em diversos pontos do globo atualmente, como em outras épocas, dão nota do que estamos falando. E a História revela esse caldeirão profundo da etiologia de eventos sociais, de modo mais destacado, no princípio das revoluções – como particularmente ficou configurado na famigerada Revolução Francesa.

Por outro lado, ainda existe um elemento catalisador e integrador da mente coletiva, que muito lhe facilita a precipitação para o cenário externo dos acontecimentos históricos: a internet, sobretudo no que tange às redes sociais, que proporcionam o livre fluxo de informações, como nunca ocorreu na presença do ser humano sobre o planeta. A internet favorece, com seu alcance exponencial, que as mentes individuais se conectem umas às outras, numa espécie de massa psíquica, que funciona como um espectro colossal e indefinível que se pode entender, grosseiramente, como uma “Mente Maior” ou “Alma Nacional”.

Essa realidade subjacente, com características particulares – o fenômeno psíquico sui generis das “estruturas pseudomentais”, que não são consciências humanas, espíritos eternos ou indivíduos espirituais –, confere tons pitorescos ao que se dá por detrás dos eventos mais óbvios, externos, relacionados ao movimento político de ruas no Brasil de hoje: não há propriamente coordenação definida, a liderança é difusa, pois que, em última instância, não parte de indivíduos isolados, mas deste “ente místico”, se assim podemos dizer. Algo muito próximo das ocorrências estudadas pela psicologia de massas, que, não por acaso, observa, com especial cuidado, o processo do degringolar do comportamento de conglomerados humanos para irrupções de violência, amiúde perpetrada por cidadãos que, fora de tais circunstâncias de “mergulho na multidão”, não seriam capazes de descambar para os atos de barbárie a que são “propelidos” – conforme as resistências definidas pelo grau de maturidade intelecto-moral e autodomínio de cada indivíduo.

O processo de influências mediúnicas deletérias pode ser considerado como fator etiogênico, igualmente, na medida em que psiquismos mais sensíveis, com disposições criminógenas, nessas situações especiais do “estar na multidão”, podem sintonizar com agentes tenebrosos da dimensão extrafísica de existência, que lhes exaltam as inclinações menos sãs. Além disso, existem as personalidades que, sem precisar de induções espirituais, agem por si mesmas, movidas por tendências primitivas e perversas que lhes são inerentes, propensões estas que se mantêm relativamente ocultas, no dia a dia, por força das relações em sociedade e seus efeitos civilizatórios.

(Benjamin) – Você diria, então, que este movimento tem ou terá desdobramentos construtivos?

(Espírito Eugênia-Aspásia)Sem dúvida alguma! Não só porque denota o amadurecimento da consciência político-social do povo brasileiro, mas também porque acabará provocando uma aceleração em certos vetores evolutivos, que se mostram mais refratários do que seria de se esperar, em terras brasileiras. A forma de se fazer política, no país, por exemplo, está sendo severamente contestada e deverá sofrer um impasse em algumas vertentes de seu “modus operandi”. As hipocrisias de homens e mulheres na vida pública alcançaram um nível de saturação inaceitável para milhões de jovens cabeças pensantes (muitas não tão jovens assim, no corpo físico – risos), que querem um Brasil melhor, mais justo, mais lúcido, mais feliz.

Os jovens (em sua maioria) manifestantes estão de parabéns. Que cada vez mais utilizem as ferramentas da comunicação em rede, para fomentar o bem comum, além de expressar opiniões, sentimentos e valores de segmentos da sociedade, quanto da comunidade pátria como um todo, obviamente sem nunca descurar do empenho possível no sentido de alijar de seus trâmites democráticos as eclosões de violência e desrespeito a direitos civis constituídos. Afinal de contas, tal atitude atesta um total contrassenso: é pela melhoria do atendimento a direitos e necessidades básicos de todos que essas manifestações populares têm razão de ser e podem, assim, trazer benefícios para seus participantes, como para a comunidade inteira.

(Benjamin) – Agradecido, Eugênia. Algo mais deseja falar neste momento?

(Espírito Eugênia-Aspásia)Não, por ora é tudo que podemos dizer.


domingo, 2 de junho de 2013

Comemoração do Dia das Mães no NESL



 Comemoração do Dia das Mães no NESL

No último dia 12 de maio de 2013, toda equipe do Núcleo Espírita Sérgio Lourenço, reuniu as mães da comunidade para comemorarem seu dia. Tivemos uma palestra inspiradora que nos esclareceu a respeito do papel das mães e seu valor imensurável para a humanidade. Também foi ofertado um delicioso lanche com distribuição de presentes e cestas básica. As crianças da evangelização infantil também participaram dessa comemoração.A equipe dos trabalhadores do NESL, agradece a todos que contribuíram para esse momento feliz, aos que fizeram suas doações, ao comércio de Bom Jardim que sempre podemos contar, e aqueles que doaram seu tempo e carinho para realização dessa comemoração. Esse é um trabalho que o NESL realiza anualmente e é soma dos esforços de toda uma equipe de trabalhadores da casa, que a exemplo do mestre Jesus, não mede esforços em demonstrar o amor ao próximo.

E nessa comunhão de afeto, refletimos, o que seria de nós sem uma Mãe para nos acolher a cada reencarnação? meditemos no seu amor incondicional comparado aqui na Terra com o amor de Deus. Analisemos nas nossas vidas o impacto positivo de seus cuidados e conselhos que muitas vezes só damos valor na idade adulta. Hã! MÃE, palavra doce que acalma a alma! Queríamos nós que todas as mães fossem como Maria de Nazaré, mas infelizmente nessa orbe de provas e expiações, ainda vemos mães abandonarem seus filhos, e filhos abandonarem suas mães. É triste, mas necessário ser lembrado, para cada vez mais valorizarmos aquela que nos recebeu e tratou com seu imenso amor. E lembrar do mandamento de honrá-las e cercá-las de cuidados na sua velhice. Enfim, tudo se resume em cultivar o amor nas nossas relações e caminharmos para o mundo fraterno de regeneração que já abre suas portas, e com a certeza que lá encontraremos esses anjos tutelares que chamamos de Mãe!

A todas desejamos um Feliz Dia das Mães! 



















MÃE - AMOR QUE SACRIFICA



MÃE - AMOR QUE SACRIFICA


Uma senhora que vivia tentando por muitos anos ter um filho, viu seu sonho realizado.

Recebeu dos braços da enfermeira um lindo bebê.

Porém, qual não foi a sua surpresa quando notou que a criança havia nascido sem orelhas.

Preocupada, perguntou ao médico se o menino tinha perfeita audição.

Um exame foi realizado e ficou constatado que o aparelho auditivo era normal.

A mãe, conformada, levou o filho para casa. Seu amor não diminuiu pela criança, mas à medida que esta crescia observava o tratamento que outras crianças lhe davam.

Com frequência seu filho voltava para casa chorando! Isso era como uma punhalada a ferir e magoar o coração daquela mãe.

Consultou o médico, novamente perguntando se algo poderia ser feito pelo filho. O doutor revelou que se encontrassem alguém que doasse um par de orelhas, poderiam tentar um implante quando o rapaz chegasse aos 21 anos.

Os anos se passaram e um dia os pais revelaram a alvissareira notícia de que tinham encontrado alguém para doar as orelhas.

A operação foi realizada com grande êxito. Qual não era a satisfação e a alegria daquela mãe ao contemplar o jovem, olhando-se no espelho e dizendo:

- Veja, mãe, sou agora como todos os outros rapazes. Voltava-se então, para sua mãe e lhe perguntava:

- Mamãe, quem foi que me doou este par de orelhas?

- Ah! Meu filho, agora não podemos revelar-lhe ma um dia irá saber.

Passaram-se os anos e o jovem casou-se e teve filhos, todos normais.

Certa feita, ocorreu uma das grandes tristezas deste mundo: havia perdido sua mãe.

Na sala funerária, pai e filho, olham pela última vez o corpo inerte, gélido, daquela senhora tão bondosa. Depois que todos saíram, o pai diz ao filho:

- Meu filho, venha comigo despedir-nos de sua mãe.

Ambos se aproximaram do esquife e ali pela última vez o filho contemplou sua querida mãe.

De repente, para surpresa daquele filho, o pai puxa de lado os longos cabelos negros de sua esposa e o filho observa, pela primeira vez que sua mãe não tinha mais orelhas.



Esta é a grande dimensão do Amor! Oferta! Sacrifício!