"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

Espiritismo e as Artes


Arte Espírita

O incrível Lesage, pintando mediunizado no ano 1927 em Paris.


O que é Arte?

“A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse “mais além” que polariza as esperanças das almas.

O artista verdadeiro é sempre o “médium” das belezas eternas e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, sabedoria, paz e amor.”

Emmanuel - “O Consolador”


“A beleza é um dos atributos divinos. Deus colocou nos seres e nas coisas esse misterioso encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração.

A arte é a busca, o estudo, a manifestação dessa beleza eterna, da qual aqui na Terra não percebemos senão um reflexo. Para contemplá-la em todo o seu esplendor, em todo o seu poder, é preciso subir de grau em grau em direção à fonte da qual ela emana, e esta é uma tarefa difícil para a maioria de nós. Ao menos podemos conhecê-la através do espetáculo que o universo oferece aos nossos sentidos, e também através das obras que ela inspira aos homens de talento.

O espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites. A comunicação que ele estabelece entre os mundos visível e invisível, as informações fornecidas sobre as condições da vida no Além, a revelação que ele nos traz das leis superiores da harmonia e de beleza que regem o universo, vem oferecer a nossos pensadores, a nossos artistas, inesgotáveis temas de inspiração.
A observação dos fenômenos de aparição proporciona a nossos pintores imagens da vida fluídica, das quais James Tissot já pôde tirar proveito nas ilustrações de sua Vie de Jésus (Vida de Jesus). Oradores, escritores, poetas, encontrarão nesses fenômenos uma fonte fecunda de idéias e de sentimentos. O conhecimento das vidas sucessivas do ser, sua ascensão dolorosa através dos séculos, o ensinamento dos espíritos a respeito dessa grandiosa questão do destino, lançarão, em toda a história, uma inesperada luz, e fornecerão ainda aos romancistas, aos poetas, temas de drama, móbeis de elevação, todo um conjunto de recursos intelectuais que ultrapassarão em riqueza tudo o que o pensamento já pôde conhecer até o momento.

Quando refletimos a respeito de tudo o que o espiritismo traz à humanidade, quando meditamos nos tesouros de consolação e de esperança, na mina inesgotável de arte e de beleza que ele lhe vem oferecer, sentimo-nos cheios de piedade pelos homens ignorantes e pérfidos cujas malévolas críticas não tem outra finalidade senão tirar o crédito, ridicularizar e até mesmo sufocar a idéia nascente cujos benefícios já são tão sensíveis. Evidentemente essa idéia, em sua aplicação, necessita de um exame, de um controle rigoroso, mas a beleza que dela se desprende revela-se deslumbrante a todo pesquisador imparcial, a todo observador atento.

O materialismo, com sua insensibilidade, havia esterilizado a arte. Esta arrastava-se na estreiteza do realismo sem poder elevar-se ao máximo da beleza ideal. O espiritismo vem dar-lhe novo curso, um impulso mais vivo em direção às alturas, onde ela encontra a fonte fecunda das inspirações e a sublimidade do gênio.”

Léon Denis – “O Espiritismo na Arte”



A Evolução do Pensamento

“A estética religiosa criou obras primas em todos os domínios; teve parte ativa na revelação de Arte e de beleza que prossegue pelos séculos além. A Arte grega criara maravilhas; a Arte cristã atingiu o sublime nas catedrais góticas, que se erguem, bíblias de pedra, sob o céu, com as sua altaneiras torres esculpidas, as suas naves imponentes, cheias de vibrações dos órgãos e dos cantos sagrados, as suas altas ogivas, de onde a luz desce em ondas e se derrama pelos afrescos e pelas estátuas; mas o seu papel está a terminar, visto que, atualmente, ou se copia a si mesma ou, exausta, entra em descanso.”
                    
 Léon Denis -“O Problema do Ser, do Destino e Da Dor”



Mediunidade nas Artes (Pintura – Música – Escultura)

Allan Kardec assinala as características das fase de transição no campo das Artes: “As artes só sairão de seu torpor, quando houver uma reação, visando às idéias espiritualistas.” Desta forma, antecipa-se o que se pode constatar na atualidade, no terreno da Arte Espírita, em suas várias modalidades, frente à violência humana, refletida nos meios de comunicação e através das expressões artísticas mais destacadas, como a música, a pintura, o teatro, o cinema e a televisão.

Ainda afirma Kardec: “A decadência das Artes no século atual é o resultado inevitável da concentração das idéias nas coisas materiais, e esta concentração por sua vez, é o resultado da ausência de qualquer crença na espiritualidade do Ser.” E que “É matematicamente exato dizer que, sem crenças as Artes não tem vitalidade possível, e toda a transformação filosófica traz, necessariamente, uma transformação artística paralela.”

Kardec apresenta três momentos filosóficos e correspondentes a transformações artísticas, a saber:

Época primitiva: Arte Pagã, em que se divinizava a perfeição da Natureza. Só conheciam a vida material.

Época da Idade Média: Arte Cristã, sucedeu à Arte Pagã e representava os sentimentos atormentados entre o Céu e o Inferno, tanto como na Pintura, como na Escultura. Reconhecimento de um poder criador, acima da matéria.

Época Atual: Arte Espírita, em que deverão expressar-se as novas idéias da imortalidade da alma, da pluralidade das existências ou dos mundos ou, ainda, da comunicação com os Espíritos, irá complementar e transformar a Arte Cristã.

Léon Denis, diz que “o papel essencial da Arte é expressar a vida com todo seu poder, sua graça e sua beleza”, e é nesse sentido que comenta o Espírito de Lavater, dizendo: “Não é belo, realmente belo, senão aquilo que o é sempre e para todos. E essa beleza eterna, infinita, é a manifestação divina sob seus aspectos incessantemente variados; é Deus em suas obras, em suas leis! Eis a única beleza absoluta.” Acrescenta ainda: “Nós que progredimos, não possuímos senão uma beleza relativa, diminuída e combatida pelos elementos inarmônicos de nossa natureza.”

Complementa Léon Denis, que “o objetivo sublime da criação é a fusão do bem e do belo. Esses dois princípios são inseparáveis, inspiram toda a obra divina e constituem a base essencial das harmonias do cosmo”.

Emmanuel ensina, perg. 161 do Consolador, que “a Arte é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização de um ideal, a divina manifestação desse ‘mais além’ que polariza as esperanças da alma. O artista verdadeiro é sempre o ‘médium’ das belezas eternas, e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humana, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia do coração para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor”.
Complementa que “a Arte será sempre uma só, na sua riqueza de motivos, dentro da espiritualidade infinita, porque será sempre a manifestação da beleza eterna, condicionada ao tempo e ao meio de seus expositores.”

Há todo um processo de formação do artista ao longo de sua caminhada evolutiva, que exterioriza na obra seu sentimento inferior, seu equilíbrio mental, sua paz, sua bondade, sua crença. Por isso, diz Denis, que “quando o Espírito humano encarna na Terra e leva consigo – seja de suas vidas terrestre, sua bagagem artística exterioriza-se sob a forma de inspirações reunidas a uma qualidade mestra que chamaremos de gosto reunido ao sentido do belo.”

A mesma idéia transmite Emmanuel, perg. 163do Consolador: “A perfeição técnica de um artista bem como as suas mais notáveis características não constituem a resultante das atividades de uma vida, mas de experiências seculares em Terra e na esfera espiritual.”

Esse gosto pela Arte, numa de suas características quaisquer, leva o homem à busca da inspiração, que é uma forma de mediunidade intuitiva, pela qual o artista entra em contato com os Espíritos para a realização de seu trabalho.

Nem sempre é possível distinguir quando o trabalho é do homem ou quando é sugerido pelo Espírito, nos casos de inspiração, mas, se houver no homem a disposição orgânica para o exercício da mediunidade, em seu sentido específico, ter-se-á, então, a aplicação da mediunidade nas Artes.

Nessas condições, o papel do médium não é o de um criador da Arte, mas de um instrumento, para que o Espírito produza o seu trabalho, que será tanto mais belo quanto mais evangelizado estiver o médium.

A mediunidade nas Artes revela-se através da escultura, da pintura, da literatura (oratória, poesia, etc.), do teatro ou da música. Diferentes núcleos de estudos têm-se formado, atualmente, em decorrência da divulgação da doutrina dos Espíritos, objetivando mostrar os valores da vida espiritual e sua relação com a vida física.

O teatro, levado ao público, pelos meios de comunicação eletrônicos, poderia ser um poderoso meio de educação intelectual e moral, pela elevação do pensamento, pelos nobres exemplos que a vida real mostra, se para lá fossem levados. As novelas de televisão e os vídeo cassete poderiam levar ao público um trabalho mais nobre, digno e educativo, de exemplificação, do bem, do trabalho e da busca de uma vida melhor.

A pintura mediúnica, psicopictografia ou psicopictoriografia, tem-se desenvolvido, ultimamente, com intensidade, talvez devida à apresentação pública de alguns médiuns, mostrando ao mundo dos homens a intervenção dois Espíritos pintores, através da mediunidade, e revelando que a vida continua, além dos horizontes da morte.

A Arte não é um atributo do homem, mas do Espírito imortal. É por isso que, na vida espiritual, as artes continuam com toda a sua beleza harmoniosa. Os Espíritos narram passagens maravilhosas. Alguns livros de André Luiz estão repletos de informações. Em “Chama Eterna”, Luiz Sérgio fala no Departamento da Arte, dos problemas de relação Espírito-Médium.

Allan Kardec em diversas passagens da “Revista Espírita” alude à Arte Espírita, mas no n.º 5, maio-1858, entrevista Mozart que falando de música, diz: “No planeta onde estou, Júpiter, a melodia está por toda a parte, no murmúrio da água, no ruído das folhas, no canto do vento; as flores murmuram e cantam; tudo emite sons melodiosos… A Natureza é tão admirável! Tudo nos inspira o desejo de estar com Deus. Não temos instrumentos; são as plantas, os pássaros, que são os coristas; o pensamento compõe, e os ouvintes desfrutam sem audição material, sem o recurso da palavra, e isso a uma distância incomensurável. Nos mundos superiores isso é ainda mais sublime”.

Em todo o trabalho mediúnico, no campo da Arte, deve o médium compreender que o trabalho não é seu, mas do Espírito. Importante, por isso, é não envaidecer-se de “sua arte” nem de sua mediunidade, porquanto, se o trabalho é dos Espíritos, a mediunidade tantas vezes decorre da misericórdia divina.
O importante, também, é o médium compreender que não deve comercializar a obra, tirando proveito para si mesmo. Mas conduzir todo o resultado obtido para obras assistenciais.

Mais importante, ainda, é o médium manter-se humilde em relação aos elogios; manso, em relação às críticas, e perseverante, em relação aos princípios basilares do ensino dos Espíritos, que deve ser divulgado como um corpo doutrinário, sem a interferência da opinião dos homens.

Em última análise, deve o médium exemplificar por sua conduta, como homem, e por sua atividade, como médium, sendo um verdadeiro representante dos ensinamentos de Jesus e dos Espíritos.

Escreveu Meimei (Sentinela da Alma) a “Oração do Pintor”, em que conclui: “Ensina-me o equilíbrio e o respeito aos outros, para que eu apenas crie forma do bem e para o bem, a fim de que eu possa cooperar na segurança e na ordem, na serenidade e na alegria permanentes de tua obra, hoje e sempre.”

Educação Mediúnica, FEESP.



Arte no Campo da Evangelização

É bastante válida, no meio espírita, a preocupação com atividades artísticas.

Cada um de nós tem um potencial criativo (somos centelhas divinas) e cada espécie de atividade oferece possibilidades criativas. A criação existe em qualquer setor da vida humana e supõe uma capacidade constante de renovação. Na arte, entretanto, a criatividade humana se expressa mais espontaneamente.

Todos somos seres em evolução e a cada novo dia, observamos, percebemos captamos imagens e experiências, o que leva à necessidade de senti-las, e avaliá-las, incorporá-las e expressá-las. Nem sempre porém as palavras ( na linguagem verbal ou gráfica) exprimem em toda a plenitude a intensidade de uma vivência. Certas realidades subjetivas exigem que sua expressão e comunicação se façam através da Arte.
Caswel e Foshay sugerem que a criança pode usar suas faculdades criativas e artísticas, decorando a sala de aula, arrumando seu próprio quarto, cuidando do jardim da escola ou tirando uma fotografia. Estas e outras experiências criativas favorecem o desenvolvimento e o enriquecimento total da personalidade, reunindo em harmonia a atividade intelectual, a sensibilidade, a habilidade manual e integrando-as num processo criador. Toda experiência que conduz à criação é também educativa. Se assim não fora, Emmanuel (considerando o planeta terrestre uma escola de provação e burilamento) não nos teria esclarecido, na resposta à pergunta 171, do .livro “O Consolador”: “Através de suas vidas numerosas a alma humana buscará a aquisição desses patrimônios” (os valores artísticos).

As várias modalidades de expressão artística devem e podem ser estimuladas ou desenvolvidas nos núcleos espíritas juvenis e infantis. Promovendo a desinibição pessoal, permitem maior entrosamento de nossas crianças e de nossos jovens, que se confraternizam cooperando mutuamente. Contribuem também para o ajustamento social do moço e da criança espíritas, ao valorizar recursos individuais no campo da sensibilidade. Concorrem, ainda, para a participação mais efetiva, desenvolvendo a capacidade de trabalho em grupo, e também para a incrementação do espírita de serviço e do potencial construtivo. E, naturalmente possibilitam o interesse pelo estudo do Espiritismo, em decorrência do contato com produções doutrinárias, quer no campo da Música, da Prosa ou da Poesia, etc.

Mas em se tratando de Arte aplicada ao campo da evangelização, é preciso todo o cuidado quanto às apresentações. É imprescindível sejam elas realizadas sob planejamento antecipado e orientação equilibrada. Lembremos que as atividades artísticas são consideradas integrantes do processo globalizado da educação, isto é, conjugam-se às outras atividades, como as do estudo doutrinário ou do trabalho prático (assistencial, etc.). Torna-se, pois, indispensável manter o cunho espírita dos números artísticos.
Quanto a estes, convém sejam examinados e selecionado, porque, em seu conteúdo, não devem ferir a integridade da Doutrina Espírita; adequados, tendo em vista os objetivos da reuniões, a ocasião e o local em que serão apresentados. Se é uma reunião comemorativa, por exemplo, organizar o programa de modo a que as apresentações estejam relacionadas com a data comemorada. Acrescentemos aqui: bom senso e critério, na determinação de tais datas, nunca são demais…

Seja qual for a finalidade da reunião espírita (comemorativa, confraternativa, etc.) ou da atividade realizada fora do ambiente físico da instituição onde criança e moço se evangelizam (por exemplo: visitas a hospitais, asilos, etc., onde eventualmente, possam ocorrer apresentações artísticas), mister se faz a previsão do tempo, evitando uma extensão demasiada do programa e conseqüente sobrecarga e enfado para os assistentes. E, quanto possível, observar os horários de início e término.

Como dissemos, realmente se justifica o cuidado quanto à utilização das Artes no meio espírita, em vista dos seus aspectos positivos. Mas a preocupação procede, sobretudo, porque as atividades a que nos referimos são como sementes lançadas ao santificado campo da evangelização. Orientação doutrinário-evangélica à infância e juventude corpóreas é significativo ensejo para a renovação espiritual. Se, transmitindo os ensinamentos da moral cristã, pretende-se a sublimação de criaturas, recordemos André Luiz: “A Arte deve ser o Belo criando o Bom”.

Aglaée de Carvalho - “O Reformador” abril, 1971


A Utilização das Artes no Centro Espírita

Nas casas espíritas vêm crescendo a necessidade dos trabalhos Artísticos. Em cada área de trabalho, seja nas palestras, na evangelização infantil, estudos sistematizados e nos trabalhos assistenciais, conforme discorreremos logo em seguida.


EXPOSIÇÃO ORAL

A Arte da explanação oral, hoje é um dos maiores desafios, já que se estereotipou a posição de orador espírita, como sendo uma pessoa séria, sem muitas delongas e restritamente ligado ao material doutrinário, se destacando àqueles que sem deixar a doutrina utilizavam outros métodos que prendessem a atenção do ouvinte, tornando as palestras de fácil entendimento.


 EVANGELIZAÇÃO INFANTO JUVENIL

No mundo em que vivemos, onde as informações chegam e se processam de forma muita rápida, onde as crianças/jovens estão acostumados à TV, à informática, à Internet e aos gêneros musicais de todos os tipos; se tornou muito mais difícil para o evangelizador. Pois, além do evangelizador espírita infanto/juvenil ser um espírita dedicado deve ser um verdadeiro artista, para atrair à atenção da criança, não se fazendo de rogado quando for preciso cantar, dançar, representar, enfim, investir em todas as expressões artísticas possíveis para cativar os evangelizandos, e transmitir a eles a mensagem evangélica.


CURSOS SISTEMATIZADO E DOUTRINÁRIOS

É onde os instrutores têm que está sempre criando meios para que os cursos fiquem mais interessantes. Neste caso é preciso cautela ao escolher dinâmicas, pois geralmente há idade mínima estabelecida aos participantes e quase nunca a máxima, oscilando assim de jovens à idosos. O instrutor sente então a necessidade de tornar o estudo apreciável a todos e aí entra a Arte Espírita para satisfazer tanto os jovens quanto aos adultos, através de exposições dinâmicas, promovendo assim a participação de todos.


 PRÁTICAS ASSISTENCIAIS

Nas práticas assistenciais a utilização da Arte é muito bem vinda, já que os assistidos não tem condições de estar em contato com movimentos culturais que possibilitem o seu desenvolvimento. Nesse caso, até a própria arte, é uma assistência. Através da Arte pode se passar o conforto, e devolver a alegria. É preciso alegria para assim levar não só o pão material, mas o espiritual. É preciso ter a arte de sorrir, de fazer com o coração de estender nossas mãos com afeto e prazer. Se é na caridade que devemos procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida é na arte espírita que devemos buscar os sorrisos e satisfações perdidas.


Conduta Espírita Perante a Arte

“E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” – Paulo.(Filipenses, 4:7)

“Colaborar na Cristianização da Arte, sempre que se lhe apresentar ocasião.
A Arte deve ser o Belo criando o Bem.

Repelir, sem crítica azeda, as expressões artísticas, torturadas que exaltem a animalidade ou a extravagância.

O trabalho artístico que trai a Natureza nega a si próprio.

Burilar incansavelmente as obras artísticas de qualquer gênero.

Melhoria buscada, perfeição entrevista.

Preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se a pureza doutrinária.
A arte enobrecida estende o poder do amor.

Examinar com antecedência as apresentações artísticas para as reuniões festivas nos arraias espíritas, dosando-as e localizando-as segundo as condições das assembléias a que se destinem.
A apresentação artística é como o ensinamento: deve observar condições e lugar.”

André Luíz – “Conduta Espírita”

Nenhum comentário:

Postar um comentário