"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

domingo, 30 de setembro de 2012

VOTE: CHICO XAVIER É FINALISTA DO MAIOR BRASILEIRO DE TODOS OS TEMPOS

 
Chegou a grande final da enquete “O maior brasileiro de todos os tempos”, do SBT e tem Chico Xavier como um dos finalistas. O seu voto é importante pois colabora com a divulgação da Doutrina Espírita. 

A mensagem espírita cristã hoje é veiculada nos meios midiáticos de todo o Brasil e até do exterior e o Espiritismo está bem conhecido.

Essa ajuda da mídia não é por acaso. Sabemos que a Espiritualidade trabalha em todos os campos possíveis para levar a mensagem do Cristo aos corações empedernidos. Sabemos também que na Espiritualidade, todos os finalistas trabalham por essa divulgação. Portanto, só falta a nossa parte.

A votação começou em 27 de setembro e vai até a próxima quarta-feira, dia 03 de outubro. 

Importante:
 
* Vote quantas vezes quiser. Quanto mais você votar, maior será a diferença e maior a divulgação.


* Divulgue para o maior número de pessoas possível, inclusive amigos que residam no Exterior.

* Abrace essa causa.

Acesse o link:
http://www.sbt.com.br/omaiorbrasileiro/candidatos/?nc=1#

Ou envie mensagem de texto para votar em Chico Xavier via SMS: envie C para o número 49701.

http://www.febnet.org.br/blog/geral/divulgacao/chico-xavier-e-finalista-para-o-maior-brasileiro-de-todos-os-tempos/

sábado, 29 de setembro de 2012

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DO ESPIRITA


PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DO ESPIRITA

Com base em O Livro dos Espíritos, e suas correlações com a filosofia, sociologia e política e a visão de que o homem no mundo "é um ser social e consequentemente, um ser político", concluímos:

1. COMO O ESPÍRITA NÃO DEVE ATUAR NA POLÍTICA:

1.1. levar a política partidária para dentro do Centro, das Entidades ou do Movimento Espírita;

1.2. utilizar-se de médiuns e dirigentes espíritas para apoiar políticos partidários candidatos a cargos eletivos aos Poderes Executivos e Legislativo;

1.3. catar votos para políticos que, às vezes, dão alguma "verbinha" para asilos, creches e hospitais, mas cuja conduta política não se afina com os princípios éticos ou morais do espiritismo;

1.4. apoiar políticos que se dizem espíritas ou cristãos, mas aprovam as injustiças, as barganhas, a "politicagem" (usar a política partidária para interesses egoísticos pessoas ou de grupos a que se ligam);

1.5. participar da política partidária apenas por interesse pessoal, para melhorar a sua vida e de sua família, divorciado em sua militância político-partidária dos princípios e normas da filosofia espírita;

2. COMO O ESPÍRITA DEVE ATUAR NA POLÍTICA:

2.1. O espírita pode e deve estudar e reflexionar sobre os princípios político-filosófico-espíritas no Centro Espírita, pois eles estão contidos em O Livro dos Espíritos, Parte Terceira, das Leis Morais;

2.2. através da análise, do estudo e da reflexão das normas e princípios acima referidos, o espírita deve identificar o egoísmo, o orgulho e a injustiça nas instituições humanas, denunciando-as e agindo para que elas desapareçam da sociedade humana;

2.3. confrontar os fundamentos morais e objetivos do espiritismo com os fundamentos morais e objetivos dos partidos políticos, verificando de forma coerente qual ou quais deve apoiar e até mesmo participar como membro atuante, se tiver vocação para tal;

2.4. participar de organizações e movimentos que propugnem pela Justiça, pelo Amor, pelo progresso intelectual, moral e físico das pessoas. Exemplo: clubes de serviços, sindicato, associações de classe, diretório acadêmico, movimentos de respeito e defesa dos direitos humanos etc;

2.5. fazer do voto um elevado testemunho de amor ao próximo; Considerando que a sociedade humana é dirigida por políticos que saem das agremiações partidárias e suas influências podem ajudar ou atrasar a evolução intelecto-moral da humanidade, o voto, realmente, é uma forma de exprimir o amor ao próximo e à coletividade. Deve, pois, analisar se a conduta do candidato político-partidário tem maior ou menor relação com os princípios morais e políticos (aspecto filosófico) do espiritismo;

2.6. participar da agremiação partidária, se tiver vocação para tal, sabendo, no entanto, da responsabilidade que assume nesse campo, já que sua militância deve sempre estar voltada para o interesse do ser humano, em seus aspectos social e espiritual. Para isso, sua ação política deverá estar em harmonia com os valores éticos (morais) do espiritismo que, em última análise, são fundamentalmente os mesmos do cristianismo;

2.7. participar conscientemente da ação política na sociedade, sem relegar o estudo e a reflexão do espiritismo a plano secundário. Pelo contrário, o estudo e a reflexão dos temas espíritas deverão levá-lo a permanente participação, objetivando-a aplicação concreta do amor e da justiça ao ser humano, seja individual ou coletivamente.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Deve a ciência considerar
a espiritualidade?


“A ciência sem a religião é paralítica (lahm) -  a religião sem a ciência é cega (blind).”  - Albert Einstein[1]

Durante muito tempo, estas duas forças do conhecimento humano estiveram antagonicamente separadas. Se na idade média, a religião se habituou a queimar a ciência, na modernidade, e parte inicial da contemporaneidade, esta aboliu de seus laboratórios qualquer coisa que se relacionasse com aquela, inclusive a questão da espiritualidade. 
 
Sendo assim, Sigmund Freud[2], no início do século XX, considerou que a religião geraria neuroses e seria um remédio ilusório contra o desamparo. Consequentemente, obtemperou que as teorias psicológicas iriam substituí-la. 

Nietzsche[3], por sua vez, escreveu que Deus estaria morto e que, não existindo qualquer instância superior, o homem dependeria somente de si mesmo. Além disto, a fé seria ignorar a verdade. 

Tais colocações, porém, não eram baseadas em pesquisas, mas em ideias e em opiniões pessoais. 

O filósofo, por exemplo, dizia abertamente que o ateísmo existiria nele como um instinto, tão inato que estaria em sua constituição. 
 
E o psicanalista, a seu turno, sendo de origem judaica, tinha uma ligação religiosa muito conturbada. Não foi sem motivo, pois, que seu mais notável discípulo, Jung, viu-se desligado pelo tutor do movimento nascente quando pretendeu estudar questões transcendentes do ser. Freud, preocupado pelo futuro e pela credibilidade da psicanálise[4], entendeu que não deveria adentrar estas temáticas[5]

O fato, entretanto, é que “os fundamentos da Física do século XX [6] levam-nos a encarar o mundo de forma bastante semelhante à maneira como um hindu, um budista ou um taoísta o vê”, como explica o físico Fritjof Capra[7]

Por isto mesmo, “enquanto a tendência geral da ciência, desde o século XVII, consistiu em manter um foco material, nas últimas décadas do século XX a ciência começou a explorar a arena espiritual, antes marginalizada”, conforme considera o Dr. Amit Goswami[8].

Isto posto, percebe-se que a ciência, não somente deve considerar a espiritualidade, como também precisa colocar esta instância na pauta de suas investigações.

Leonardo Machado é médico, residente de psiquiatria, palestrante, escritor e compositor.
 

1. Rohden, Huberto. Einstein – o enigma do universo. 8. ed. São Paulo: Editora Martin Claret, 2004, parte 3, p. 151.

2. Médico neurologista e pai da psicanálise.

3. Filósofo alemão.

4. Bem como motivado por outras questões que não têm aqui seu objeto apropriado de discussão.

5. Apesar disto, o próprio Freud, mais tarde, adentraria em questões religiosas ao escrever, por exemplo, “Moisés e o monoteísmo”.

6. Ou seja, a teoria quântica e a teoria da relatividade.

7. No seu livro “O tao da Física”.

8. No seu livro “A física da alma”.


sábado, 22 de setembro de 2012

Ação Espírita e Política


Ação Espírita e Política


Para progredir, o homem precisa da sociedade. O progresso não é o mesmo para todos, então os mais adiantados devem ajudar o progresso dos outros por meio do contato social. Esse auxílio, essa participação é uma ação política, embora possa não ser (e na maioria das vezes não o é) uma ação político-partidária. Para o espírita, essa ação política deve ser sempre inspirada nos princípios expressos pelo aspecto filosófico do espiritismo, que o levam a amar e, nesse caso, Amar é desejar o bem; logo, a exteriorização política do amor é a expressão do querer bem e do agir para o bem de todos.

Alerta-nos o espiritismo que o progresso intelectual realizado até o presente, em larga escala, é um grande avanço e assinala uma primeira fase de desenvolvimento da humanidade, sendo impotente, porém para regenerá-la. Enquanto o homem estiver dominado pelo orgulho e pelo egoísmo ele utilizará sua inteligência e seus conhecimentos para satisfazer suas paixões e seus interesses pessoais, não se importando em prejudicar seu semelhante e até mesmo destruí-lo.

Somente quando, através do progresso moral, o homem dominar o orgulho e o egoísmo, ele poderá ampliar sua felicidade na Terra, podendo, então, desfrutar da paz e da fraternidade. Isso só será possível quando os homens considerarem que, como irmãos, devem-se auxiliar mutuamente e não o forte e poderoso explorar e viver às custas do mais fraco (v. A Gênese, Allan Kardec, cap. XVIII, item 18 e 19).

Na mesma obra, Allan Kardec revela os caracteres daqueles que devem participar da estruturação de uma sociedade justa e amorosa: "Cabendo-lhes fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem a crença espiritualista, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração". (G.N.)

Consequentemente, a ação política dos bons é um imperativo na hora atual. O espiritismo apresenta conceitos claros e precisos para essa atuação. "A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Aos homens progressistas se deparará nas ideias espíritas poderosa alavanca e o espiritismo achará, nos novos homens, espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo". (A Gênese)

O espiritismo não cria a renovação social; a madureza da humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pelas generalidades das questões que abrange, o espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados, (in A Gênese, Allan Kardec — g.n.)

Da análise dos conceitos expostos surge clara a estimulação do espirtismo à participação no processo político, social, cultural econômico, de modo a secundar o movimento de regeneração da sociedade humana em bases de justiça e amor. Para tal ação é imprescindível que se tome conhecimento dos princípios e normas da doutrina social espírita, contida em O Livro dos Espíritos,em sua terceira parte.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

ARTE ESPÍRITA COMPROMETIDA COM O SOCIAL


ARTE ESPÍRITA COMPROMETIDA COM O SOCIAL

As manifestações artísticas, inspiradas pelos ideais espíritas, têm amplas possibilidades de despertar o ser para os nobres valores transcendentais. A arte espírita educa, contribuindo para a reforma de condutas; consola, reforçando a compreensão sobre a justiça e o amor de Deus; alegra, renovando o ânimo e estimulando a confiança na Providência. Em meio a todos estes potenciais, encontramos a incipiente arte espírita que reflete sobre os conflitos e desafios para a construção de uma sociedade harmônica.

Através da arte, os espíritas expressam louvores, contam estórias que entretêm ao mesmo tempo em que provocam reflexões e, ainda, explicam conceitos doutrinários. Porém, além de tudo isto, a arte espírita comprometida com o social faz refletir sobre os desafios para a cidadania nacional e mundial, sugerindo relações fraternas entre os indivíduos com vistas à superação das desigualdades e conflitos, além de estimular comprometimento com o bem comum e a consciência ambiental.

Este compromisso social a que me refiro não pode ser confundido com partidarismo, nem com tendências interesseiras para atender a injustos e desproporcionais anseios de grupos ou indivíduos. A arte espírita engajada estimula a reflexão para uma conduta responsável dos cidadãos.

Um bom exemplo para ilustrar nossa reflexão é o grupo musical paranaense: Alma Sonora, que além de produzir um som sofisticado e versátil, nos faz olhar para os nossos desafios sociais. A música Bens da Terra traz o seguinte: “se os bens da Terra são de todos... Por que nem todos têm o que comer? Será que é prova ou é expiação, nem tudo se explica por aí”. Demonstra, assim, que existem assuntos para serem resolvidos com presteza, pois muitos irmãos sofrem com o nosso descaso.

Em outra música do álbum que leva o nome do grupo, eles indagam: "o que você faria com dois reais por dia? O que você faria sem a educação?" Refletem, assim, sobre os problemas sociais que vemos ao nosso redor, de modo a que a consciência espírita colabore na busca de soluções.

No trabalho seguinte, intitulado Segundo, o grupo Alma Sonora continua com os temas sociais. A música Homem Foguete questiona as contraditórias posições políticas estatais: "milhões de dólares pra guerra, milhões passando fome sem terra / Paradoxos da civilização / Será que um dia viveremos como irmãos? "

O conhecimento da vida do espírito, da lei de causa e efeito e das reencarnações amplia a nossa percepção quanto às responsabilidades que temos para a construção de um mundo melhor. Isto fica evidente na música Canção de Amor ao Planeja: "acreditar numa vida mais além / não quer dizer deixar o mundo / com suas mazelas, ilusões e fugir da luta... / quero um planeta melhor... para os meus filhos/ e para os de outros pais".

Este é apenas um exemplo, dentre muitos, que nos mostra como a arte espírita pode colaborar para o progresso humano, nos estimulando a alcançar a verdadeira civilização, onde o bem comum é a meta de todos os indivíduos. Vale a pena conhecer e divulgar a produção artística dos espíritas que nos trazem estas oportunas reflexões.


sábado, 15 de setembro de 2012

ESPIRITISMO E POLÍTICA


ESPIRITISMO E POLÍTICA

Haverá alguma relação entre espiritismo e política? Esta é uma pergunta que em muitos lugares temos lido e para a qual há sempre uma resposta negativa: espiritismo nada tem a ver com Política. No entanto, tais respostas apressadas e, muitas vezes, vazadas em preocupante tom de que seja até "um pecado", são frutos de desinformação e de preconceitos consagrados.

Sob o aspecto filosófico, o espiritismo tem a ver e muito com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de forma justa. Em sua obra básica, O Livro dos Espíritos, o espiritismo consagra 405 questões, ou seja, da pergunta n.° 614 a 1018, para tratar das Leis de Adoração, Trabalho, Reprodução, Conservação,Destruição, Sociedade, Progresso, Igualdade, Liberdade e Justiça, Amor e Caridade. Tais questões envolvem, portanto, o homem no seu relacionamento com o Criador da vida, com o planeta em que vive, com seus semelhantes, com as sociedades de que participa.

Logo, sob o aspecto filosófico, o espiritismo apresenta normas políticas. O que não se deve, nem se pode, é confundir essa visão política com a política partidária, ou seja, a política aplicada que os homens devem exercitar nos núcleos, nas agremiações partidárias.

Tais partidos são resultantes de ideologias, de objetivos, de programas, de estatutos estabelecidos em agrupamentos de determinados homens que visam, de uma forma ou de outra, realizar normas políticas ideais, ou seja, pretendem a execução na sociedade dos princípios, das normas apresentadas filosoficamente pela política. Assim, jamais o espiritismo, como Doutrina, e o movimento espírita, como prática, poderão dar guarida a um partido político em seu seio, por exemplo: Partido Social Espírita, Partido Espírita Cristão etc.

Porém, as implicações dos princípios e normas políticas contidas na Terceira Parte — Das Leis Morais — de O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, são muito amplas e profundas na sociedade humana. Por isso, o espírita deve ser consciente e lúcido na compreensão dessas normas e princípios, a fim de que sua participação na sociedade seja consentânea com tal visão política, e que, necessariamente, impõe exercitar a Justiça, o Amor e a Caridade.

Esse entendimento é necessário ao espírita, pois, conscientemente ou não, ele tem uma prática política, considerando-se que a própria participação na sociedade é uma participação política. O homem, por sua natureza, é um ser social: associa-se aos seus semelhantes para criar os bens necessários ao seu desenvolvimento. Dentre esses bens, alguns lhe são garantidos pelo agrupamento doméstico, outros são colocados em disponibilidade por outras instituições, também por ele criadas, a fim de satisfazerem suas necessidades de natureza social, econômica, cultural e religiosa, como a escola, a empresa, o clube, a Igreja etc.

Daí a afirmação de Aristóteles: "O homem é um animal político". O espiritismo demonstra, também, em sua obra básica, já citada, a necessidade da participação do homem na sociedade, pois o homem tem que progredir, e isolado ele não tem condições disso, já que seu progresso depende dos bens que lhe são oferecidos pela família, pela escola, pela religião e demais agências sociais. Por isso os homens dependem uns dos outros, foram criados para viver em sociedade e não isolados.

Assim, as pessoas, as famílias e as instituições sociais necessitam da paz baseada na justiça, na ordem e na segurança e de condições para a realização
do bem comum. Para tanto, os homens associam-se em entidades mais amplas, gerando a sociedade política, personificada no Estado que, desta forma, se torna o responsável pelo bem de todas as pessoas.