Allan Kardec - O Educador
"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Minha vida em outra vida
Pela primeira vez na história, um filme retrata, com fidelidade, lógica e respeito, a reencarnação, tema de interesse de milhões de pessoas em todo o mundo. Baseado em fatos reais relatos no livro autobiográfico de Jenny Cockell, Minha Vida na Outra Vida conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem visões, sonhos e lembranças de sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu na década de 30. Intrigada, Jenny sai em busca de seus filhos da vida passada. Tem início uma jornada emocionante. Jenny é magistralmente interpretada pela renomada atriz Jane Seymour, de Em Algum Lugar do Passado. Só, que desta vez, não se trata de ficção, mas de realidade.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Desastres e resgates coletivos:
Incêndio em Santa Maria/RS
Quando olhamos para o mundo à nossa volta, parece-nos que se
multiplicam as catástrofes, os desastres, os cataclismos. Em um momento como
este, em que todas as atenções estão voltadas para o Incêndio ocorrido na casa noturna "KISS" em Santa Maria/RS,
provocando a morte de mais de 230 pessoas, a atenção
fica mais desperta, e os questionamentos são vários, e envolvem até a Justiça
(ou para alguns, a injustiça) Divina.
O Espiritismo, enquanto doutrina libertadora, progressista e
evolutiva, e por isso mesmo considerada consoladora, objetiva auxiliar-nos a
entender o porquê dos acontecimentos de nosso dia-a-dia, inclusive dos mais
trágicos. Assim, via entendimento da Lei Natural e da Justiça Divina, obtém-se a
conseqüente aplicação desses princípios no cotidiano, favorecendo sua vivência,
promovendo a coerência entre o crer e o agir.
Frente a situações como essa vivenciada na madrugada do dia 27 de janeiro de
2013, alguns questionamentos são usuais, como, por exemplo: Por que acontece
esse tipo de coisas? Qual a finalidade desses acidentes que causam a morte
conjunta de várias pessoas? Como a Justiça Divina pode ser percebida nessas
situações? Por que algumas pessoas escapam?
Naturalmente, as respostas exigem reflexão aprofundada com
base em princípios fundamentais do Espiritismo, como a multiplicidade das
encarnações e a anterioridade do Espírito. Esses pontos somam-se ao fato de que
nós, enquanto Espíritos em processo evolutivo, temos um passado de
descumprimento da lei divina que precisa ter seu rumo corrigido não apenas para
equacionar nossos problemas de consciência, mas também para nos harmonizar com
nossos semelhantes, afetados pelas nossas ações de desvirtuamento da Lei.
Ao entendermos o que a Doutrina Espírita tem a dizer sobre o
assunto, começamos a perceber a profundidade da reflexão que deve ser adotada
por cada um de nós em nosso dia-a-dia e o papel a ser assumido de observadores
da Sociedade, em substituição à postura usual de críticos e questionadores.
Começamos, assim, a conhecer o caminho para aplicação
dinâmica e prática em nosso dia-a-dia da Doutrina que abraçamos, pela análise do
mundo e sua transformação, percebendo a profundidade de conceitos como
fatalidade, resgate coletivo, regeneração do planeta, além de favorecer o
entendimento de ensinamentos de Jesus relacionados àquilo que alguns chamam de
sinais dos tempos.
Fatalidade como causa?
Fatalidade, destino, azar são palavras sempre lembradas em
situações como essa. Mas que conceitos estão por trás dessas palavras? Em "O
Livro dos Espíritos", as questões de 851 a 867 tratam de fatalidade, e, entre
outras informações, destaca-se o fato de que "a fatalidade só existe no tocante
à escolha feita pelo Espírito, ao se encarnar, de sofrer esta ou aquela prova;
ao escolhê-la ele traça para si mesmo uma espécie de destino, que é a própria
conseqüência da posição em que se encontra" (LE 851).
Mais à frente (LE 853), está dito que "fatal, no verdadeiro
sentido da palavra, só o instante da morte. Chegado esse momento, de uma forma
ou de outra, a ele não podeis furtar-vos". A questão seguinte (LE 853a) melhor
explica esse ponto, frisando que quando é chegado o momento de retorno para o
Plano Espiritual, nada "te livrará" e freqüentemente o Espírito também sabe o
gênero de morte por que partirás daqui, "pois isso lhe foi revelado quando fez a
escolha desta ou daquela existência". Não esquecer, jamais, que "somente os
acontecimentos importantes e capazes de influir na tua evolução moral são
previstos por Deus, porque são úteis à tua purificação e à tua instrução" (LE
859a).
Como vemos, a fatalidade só existe como algo temporário
frente à nossa condição de imortais com a finalidade de realinhamento de rumo.
No entanto, essa situação não é engessada. Graças à Lei de Ação e Reação e ao
Livre-Arbítrio, o homem pode evitar acontecimentos que deveriam realizar-se,
como também permitir outros que não estavam previstos (LE 860).
Fatalidade, destino, azar são palavras que não combinam com a
Doutrina Espírita, da mesma forma que a sorte daqueles que escapam desse tipo de
situação – e em acidentes como esse do dia 17 de julho de 2007, sempre há os
relatos daqueles que desejavam pegar o avião e não conseguiram; daqueles que
estavam à porta do prédio atingido pela aeronave e não sofreram nada além do
susto; e tantos outros.
Então, para a Doutrina Espírita, como se explicam casos como
esse? A resposta está no resgate coletivo, conceito que envolve a correção de
rumo de um grupo de Espíritos que em alguma outra encarnação cometeu atos
semelhantes – e muitas vezes em conjunto – de descumprimento da lei divina e
que, portanto, para individualmente terem a consciência tranqüilizada, precisam
sanar o débito. Toda a problemática, nesse caso, está no trabalho dos mentores
na reunião desses Espíritos de modo a que juntos possam se reajustar frente à
Lei Divina.
Impulsionar o progresso: a meta
O resgate de nossas ações contrárias à Lei Divina, ao Bem e
ao Amor pode ocorrer de várias formas, inclusive coletivamente. O objetivo,
segundo LE 737, é "fazê-lo avançar mais depressa" e as calamidades "são
freqüentemente necessárias para fazerem com que as coisas cheguem mais
prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que necessitaria
de muitos séculos". Além disso (LE 740), "são provas que proporcionam ao homem a
ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação
ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os
sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo".
E assim, entendemos o sentimento de solidariedade que essas
calamidades despertam, auxiliando todos a desenvolver o amor. O importante para
os mais diretamente envolvidos, para que tenham o progresso devido, como está
dito em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo 14, item 9, é "não falir
pela murmuração", pois "as grandes provas são quase sempre um indício de um fim
de sofrimento e de aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor
a Deus".
Nesta frase selecionada no
"O Evangelho Segundo o Espiritismo"
está uma informação de cabal importância: indício de aperfeiçoamento do
espírito. E qual seria o objetivo prático de tudo isso e como esses fatos atuam
em nosso progresso, com que finalidade?
A resposta está na Lei do Progresso, que determina ao homem o
progresso incessante, sem retrocesso, no campo intelectual e moral; cada um há
seu tempo, seguindo seu ritmo próprio, sendo que "se um povo não avança bastante
rápido, Deus lhe provoca, de tempo em tempos, um abalo físico ou moral que o
transforma" (LE 783).
Como vemos, o progresso se faz, sempre, e quando estamos
atravancando-o, Deus, em sua infinita bondade e justiça, lança mão de
instrumentos que nos impulsionem à frente. O objetivo é nos levar a cumprir a
escala evolutiva, saindo de nossa condição de Espíritos imperfeitos moralmente
para a de espíritos regenerados, até atingirmos a condição de Espíritos puros.
Essa transposição de imperfeito moralmente para regenerado
marca a atual fase de transição que vivenciamos, plena de flagelos destruidores,
de calamidades, de acidentes com grande número de mortos.
Nos evangelhos segundo Mateus, Marcos e João, há várias
referências aos sinais precursores de uma transformação no estado moral do
Planeta, caracterizada pelo anúncio de calamidades diversas que atingirão a
humanidade e dizimarão grande número de pessoas, para que, na seqüência, ocorra
o reinado do bem, sejam instituídas a paz e a fraternidade universal,
confirmando a predição de que após os dias de aflição virão os dias de alegria.
O que é anunciado nessas passagens evangélicas não é o fim do
mundo de forma absoluta e real, mas o fim deste mundo que conhecemos, em que o
mal aparentemente se sobrepõem ao bem, e, como afirma Allan Kardec em "A
Gênese", capítulo 17, item 58, "o fim do velho mundo, do mundo governado pela
incredulidade, pela cupidez e por todas as más paixões a que o Cristo alude".
Para que esse novo mundo se instale (GE capítulo 18), é
fundamental que a população seja preparada para habitá-lo. Para tanto, teremos,
todos nós, de equacionar alguns problemas de nosso passado, construindo nosso
progresso moral. Não há transformação sem crise, e catástrofes e cataclismos são
crises que agitam a humanidade, despertando-a para a solidariedade, a
fraternidade, o bem.
Temos, então, de ver a humanidade como "um ser coletivo no
qual se operam as mesmas revoluções morais que em cada ser individual" (GE,
capítulo 18 item 12).
Nesse contexto, a fraternidade será a pedra angular da nova
ordem social, com o progresso moral, secundado pelo progresso da inteligência
assegurando a felicidade dos homens sobre a Terra.
Para que possamos habitar esse novo mundo, não temos de nos
renovar integralmente. Segundo Kardec (GE capítulo 18 item 33), "basta uma
modificação nas disposições morais", e, para isso, temos de equacionar débitos
do passado e nos conscientizarmos de nossa condição de espíritos imortais
perfectíveis, em fase de desenvolvimento de nossas potencialidades.
Como forma de acelerar esse processo de modificação da
disposição moral, a presente fase é marcada pela multiplicidade das causas de
destruição, até como forma de estimular em nós o desenvolvimento de nossas
potencialidades no bem, pois "o mal de hoje há de ser o bem de amanhã. Somente a
educação do Espírito poderá libertá-lo do mal, dando-lhe condições de alçar os
mais altos vôos no plano infinito da vida. O importante em tudo isso é mantermos
a serenidade, olharmos para a frente, divisarmos o futuro, pois "a marcha do
Espírito é sempre crescente e ascendente. É preciso descobrir quanto bem se é
capaz de fazer agora para que o próprio crescimento não se detenha" (Portásio).
Em todo ser humano, como ressalta o Espírito Clelie
Duplantier, em "Obras Póstumas", "há três caracteres: o do indivíduo ou do ente
em si mesmo, o do membro da família e o do cidadão. Sob cada uma dessas três
fases, pode ele ser criminoso ou virtuoso; isto é, pode ser virtuoso como pai de
família e criminoso como cidadão, e vice-versa".
Além disso, pode-se admitir como regra geral que todos os que
se ligam numa existência por empenhos comuns, já viveram juntos, trabalhando
para o mesmo fim e se encontrarão no futuro, até expiarem o passado ou cumprirem
a missão que aceitaram.
O papel de cada um
Essas calamidades – se olharmos para elas sob o ponto de
vista espiritual, fundamentando nossa reflexão nos princípios da Doutrina
Espírita – têm, portanto, objetivos saneadores que, conforme Joanna de Ângelis,
removem as pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera e significam a
realização da justiça integral, pois a Justiça Divina, para nosso re-equilíbrio,
recorre a métodos purificadores e liberativos, de que não nos podemos furtar.
Assim, tocados pelas dores gerais, ajudemo-nos e oremos,
formando a corrente da fraternidade e estaremos construindo a coletividade
harmônica, sempre lembrando a advertência de Hammed: "a função da dor é ampliar
horizontes para realmente vislumbrarmos os concretos caminhos amorosos do
equilíbrio. Como o golpe ao objeto pode ser modificado, repensa e muda também
tuas ações, diminuindo intensidades e freqüências e recriando novos roteiros em
sua existência". Desse modo, estaremos utilizando nossos problemas como
ferramenta evolutiva, não nos perdendo em murmurações, mas utilizando nosso
livre-arbítrio como patrimônio.
O progresso de todos os seres da criação é o objetivo de tudo
que acontece. Tenhamos a consciência desperta e procuremos entender o mundo à
nossa volta, cientes de que a solidariedade é o verdadeiro laço social, não só
para o presente, mas, como está em "Obras Póstumas", "estende-se ao passado e ao
futuro, pois que os mesmos indivíduos se encontram e se encontrarão para juntos
seguirem as vias do progresso, prestando mútuo concurso. Eis o que faz
compreender o Espiritismo pela eqüitativa lei da reencarnação e da continuidade
das relações entre os mesmos seres".
E mais: Graças ao Espiritismo, compreende-se hoje a justiça
das provações desde que as consideremos uma amortização de débitos do passado.
As faltas coletivas devem ser expiadas coletivamente pelos que juntos as
praticaram, e os mentores estão sempre trabalhando, ajudando a todos nós,
reunindo-nos em grupos de forma a favorecer a correção de rumo, amparando-nos e
nos fortalecendo para darmos conta daquilo a que nos propomos, além de nos
equilibrarem para podermos auxiliar o outro com nossos pensamentos positivos,
nossos melhores sentimentos e vibrações.
Fontes de consulta
ÂNGELIS, Joanna de.
Após a tempestade, texto Calamidades, psicografia de Divaldo
Pereira Franco. Alvorada
HAMMED. Renovando
Atitudes, texto Crenças e carmas, psicografia de Francisco do
Espírito Santo Neto. Boa Nova
KARDEC, Allan. Obras Póstumas, Primeira Parte, Questões e Problemas - Expiações
coletivas. Lake
KARDEC, Allan. A
Gênese, capítulos 17 e 18. Lake
KARDEC, Allan. O
Evangelho Segundo do Espiritismo, capítulo 14, item 9. Lake
KARDEC, Allan. O
Livro dos Espíritos – questões 100 a 113; 737 a 741; 776 a 802; 851 a 867.
Lake
PORTÁSIO, Manuel. Fora da Educação não há salvação, capítulos: Educação pela dor;
Educação para o bem e Educação e renovação. DPL
domingo, 27 de janeiro de 2013
Deus, sua infinita
bondade e nossa sede
insaciável de felicidade
Se Deus nos criou com uma sede insaciável de felicidade, é porque o nosso destino, a trancos e barrancos, deve ser mesmo de salvação, a qual, porém, deverá ser num futuro distante, com a evolução do espírito através das reencarnações.
Os líderes religiosos
não espíritas detestam a
reencarnação, porque
eles pregam a nossa
salvação ou libertação,
mas com a condição de
termos que passar por
eles, quando essa
doutrina nos mostra que
a salvação é conseguida
por nós mesmos, pela
nossa evolução
espiritual e moral.
Quando eles ensinam a
verdade, até que eles
podem orientar as
pessoas para se
salvarem. Mas a
profissão deles é
realmente prejudicada
pelo fenômeno da
reencarnação.
A nossa evolução moral e
espiritual é real, pois
até Jesus evoluiu.
“Tendo sido
aperfeiçoado, tornou-se
o Autor da salvação
eterna para todos que
lhe obedecem.” (Hebreus
5: 9). “Até que todos
nós cheguemos à unidade
da fé e do pleno
conhecimento do Filho de
Deus, à perfeita
varonilidade, à medida
da estatura da plenitude
de Cristo.” (Efésios 4:
13). Temos realmente que
reencarnar muitas vezes,
até chegarmos à estatura
moral do nível de
aperfeiçoamento de Jesus
Cristo. “Diante de mim
se dobrará todo joelho,
e toda língua dará
louvores a Deus.” Isso
vai acontecer no futuro
com a evolução dos
espíritos humanos.
“Somos transformados de
glória em glória.” (2
Coríntios 3:3). “Mesmo
que nosso homem exterior
se corrompa, contudo o
nosso homem interior se
renova de dia em dia.”
(2 Coríntios 4: 16). E
Jesus fala também na
regeneração no futuro.
(Mateus 19: 28).
Os teólogos apegam-se
muito ao lado material
do homem, que veio do pó
e ao pó retornará
(Eclesiastes 12: 7),
deixando em segundo
plano o homem
espiritual, interior e
imortal. E, assim,
pregam a ressurreição do
espírito, mas para eles,
ela tem que ser junto
com o corpo, quando a
Bíblia diz que a
ressurreição é só do
espírito. (1 Coríntios
15: 44). “Carne e sangue
não podem herdar o reino
de Deus.” (1 Coríntios
15: 50). “Os
ressuscitados são como
os anjos.” (Mateus 22:
30). Anjos são espíritos
humanos de alto nível de
evolução e significam
enviados de Deus ou do
mundo espiritual para
nós, justamente porque
são muito evoluídos.
Todos os corpos vêm do
pó e para o pó retornam.
E a Bíblia não diz que,
depois que eles voltam
para o pó, eles retornam
à vida, pois voltam ao
seu pó em definitivo.
“Tu és pó e ao pó
retornarás.” (Gênesis 3:
19). Esse é o destino do
homem exterior.
Para os teólogos
católicos, enquanto
estamos aqui na Terra,
nós podemos nos salvar
por nós mesmos e por
Deus. Morrendo o corpo e
indo a alma para o
Purgatório, só Deus nos
pode ajudar a sair de
lá. Daí a importância
das preces para as
almas. Isso é uma
exaltação da matéria, da
carne, pois só enquanto
temos corpo poderíamos
fazer algo para a nossa
libertação. No entanto,
Jesus disse: “O espírito
é o que vivifica; a
carne para nada
aproveita.” (João 6:
63).
Se Deus nos deu
capacidade e liberdade
para pecarmos; se Deus
não é prejudicado com os
pecados; se é o espírito
que ressuscita; se Deus
nos ama com amor
infinito; se a
misericórdia divina não
termina jamais, pois é
também infinita; se a
nossa evolução
espiritual é uma
realidade pelas
reencarnações; se temos
sempre uma sede
insaciável de uma
felicidade perene e para
sempre; se Deus não quer
que nenhum de nós se
perca (Mateus 18: 14),
não vão ser
suficientemente tão
poderosos os teólogos e
os “diabos” para porem
em dúvida a nossa
salvação!
Homossexualidade:
uma visão mais além
uma visão mais além
“O problema do sexo é do
Espírito e somente do
Espírito virá, para ele,
a solução.” – Joanna de
Ângelis. (Após a
Tempestade)
A edição de nº 2297, de 28 de novembro de 2012, da revista VEJA, páginas 102 a 104, traz uma reportagem abordando o assunto da adoção por casais homossexuais. Vejamos uma pequena amostra: “Estimulados por leis, livros, filmes e novelas que tratam da homossexualidade como um fato da vida, os gays assumem sua orientação sexual sem constrangimento. Há um forte componente de classe nesse fenômeno. Quanto mais ricas e mais instruídas são as pessoas, maior tende a ser entre elas a proporção de casais que se declaram gays. Um estudo feito pelo demógrafo Reinaldo Gregori, de São Paulo, tendo como base os dados do Censo 2010, confirma essa percepção – e revela uma surpreendente taxa de casais do mesmo sexo no Brasil que já têm filhos. Eles são 20%, em comparação com os 16% verificados nos Estados Unidos. As pesquisas apontam para o fato de que os casais gays não fazem as exigências que, em geral, são colocadas como condição para adotar, entre elas, que a criança seja ainda um bebê, sem problemas de saúde e da mesma etnia dos futuros pais. Em 2012, o Superior Tribunal de Justiça autorizou a adoção de uma criança por um casal de mulheres. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal aprovou a união estável para os homossexuais”.
Fora da Doutrina
Espírita, por certo,
essa atitude aumentará o
número de calvos no
país, mas as explicações
espíritas não nos dão o
direito de arrancar os
cabelos. Ouçamos a
opinião de Raul Teixeira
exarada no livro
Desafios Da Vida
Familiar sobre a
adoção de crianças por
casal homossexual: “O
Pai-Criador vê sempre as
intenções que inspiram
as ações. Assim, vale
refletir que o amor que
se dedica a uma criança,
tornando-a filha
sentimental, independe
da inclinação sexual
adotada pelos pais ou
pelas mães postiços.
Acompanhamos inúmeras
situações em que os
cuidados desenvolvidos
para atender a criança
fizeram com que os
indivíduos ou pares
homossexuais alterassem
a rota dos próprios
passos, enobrecendo o
sentimento paternal ou
maternal, ausentando-se
da promiscuidade ou do
desassossego íntimo,
passando a sintonizar
com frequências
luminosas, acalmando o
coração e os pensamentos
– quando antes
experimentavam tormentos
– conquistando, então,
valores espirituais de
grande significação,
superando lutas imensas
no cerne d’alma. A
adoção, desse modo,
corresponde a um gesto
sublime que Deus sempre
abençoará”.
De que adianta um lar
heterossexual onde a
criança vê o pai
alcoolizado espancar a
mãe e os irmãos? De que
adianta um lar
heterossexual onde o pai
violenta sexualmente a
própria filha? De que
adianta um lar
heterossexual onde o pai
utiliza-se do próprio
filho como “mula” de
tóxicos? De que adianta
um lar heterossexual
onde os pais obrigam os
filhos a esmolarem nos
sinaleiros da cidade? De
que adianta um lar
heterossexual onde os
pais prostituem a
própria filha? Ou será
que ainda confundimos
moral com sexualidade?
Os noticiários que
infestam os canais de
televisão com os crimes
mais variados, onde as
corrupções mais
lamentáveis, onde as
impunidades que desafiam
as leis são cometidas
por homossexuais? Onde a
criança corre mais
riscos: nas ruas do
abandono com os mais
variados tipos de crime
ou no aconchego de um
lar onde sejam
verdadeiramente amadas
por irmãos ou irmãs
situadas na faixa da
homossexualidade?
Mas por falar sobre
homossexualismo, você se
lembra das lições de
André Luiz e Manoel P.
de Miranda,
respectivamente nos
livros Sexo e Destino
e Sexo e
Obsessão? Não?
Vamos trazer uma pequena
lembrança do segundo:
“Destituído de
equipamentos sexuais, o
Espírito é neutro na
forma da expressão
genésica, possuindo
ambas as polaridades em
que o sexo se expressa,
necessitando, através da
reencarnação, de
experienciar uma como
outra manifestação, a
fim de desenvolver
sentimentos que são
compatíveis com os
hormônios que produzem.
Face a essa condição,
assume uma ou outra
postura sexual, devendo
desenvolvê-la e
vivenciá-la com
dignificação, evitando
comprometimentos que
exigem retornos
dolorosos ou alterações
orgânicas sem a perda
dos conteúdos emocionais
ou psicológicos. Isto
equivale dizer que, toda
vez quando abusa de uma
função, volta a
vivenciá-la, a fim de
recuperá-la, mediante
processos limitadores,
inibitórios ou
castradores.
Todavia, se
insiste em perverter-se,
atendendo mais aos
impulsos do que à razão,
dominado pelo instinto,
antes que pelo
sentimento, retorna em
outra polaridade que não
o capacita para a sua
manifestação conforme
desejara, correndo o
risco de canalização das
energias de forma
equivocada. Face aos
processos evolutivos,
muitos Espíritos
transitam na condição
homossexual, o que não
lhes permite
comportamentos viciosos,
estando previsto,
para o futuro, um número
expressivo que
chamará a atenção dos
psicólogos, sociólogos,
pedagogos, que deverão
investir melhores e mais
amplos estudos em torno
dos hábitos humanos e da
sua conduta sexual”.
(destaque nosso)
Já no livro de André
Luiz encontramos a
afirmativa de que
inúmeros Espíritos
reencarnam em condições
inversivas, seja no
domínio de lides
expiatórias ou em
obediência a tarefas
específicas, que
exigem duras disciplinas
por parte daqueles
que as solicitam ou que
as aceitam.
(destaque nosso)
Afirma Joanna de Ângelis
no livro citado
anteriormente: “Assim,
cultiva o lar, atende a
família, faze-te
cocriador na Obra de
Nosso Pai, coopera
com os que transitam em
dores e edifica na
mentalidade geral o
conceito segundo o qual
o sexo é para a vida e
não a vida para o sexo”.
(destaque nosso)
Onde os casais
homossexuais que adotam
uma criança e
proporcionam a elas o
amor de um lar estariam
fugindo a essa
orientação? Por quanto
tempo ainda estaremos
com a pedra na mão
sempre pronta para
atirá-la contra o nosso
semelhante? Pior ainda
se essa pedra estiver
nas mãos de alguém que
se diga espírita...
sábado, 26 de janeiro de 2013
Refletindo sobre a criança
“Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pela infância?
– Encarnando-se
com o fim de se
aperfeiçoar, o
Espírito é mais
acessível,
durante esse
tempo, às
impressões que
recebe e que
podem ajudar o
seu
adiantamento,
para o qual
devem contribuir
os que estão
encarregados da
sua educação.”
(Questão 383, de
“O Livro dos
Espíritos”, de
Allan Kardec.)
Trazendo na
bagagem um mundo
de sonhos e de
esperanças, em
grande
quantidade
partem os
Espíritos do
mundo espiritual
para novos
programas
reencarnatórios,
tendo em mente a
concretização de
propostas de
redenção de um
passado de
equívocos e de
ilusões e o
exercício de
novas e
oportunas
experiências,
visando ao
progresso e à
prosperidade,
rumo à perfeição
a que todos
estão
destinados,
conforme
deliberações da
Providência
Divina.
Aportando ao
mundo físico,
esses filhos de
Deus se
aconchegam aos
braços paternos,
na condição de
crianças tenras
e indefesas,
ficando a mercê
dos cuidados que
lhes dispensarão
os adultos.
Com frequência
afirmamos que a
criança é o
futuro, e quanto
a essa
constatação não
paira nenhuma
dúvida, apenas
precisamos
refletir madura
e
responsavelmente
como estamos
agindo com ela
no presente,
pois que
necessita de
referências
dignas para que
se torne homem
de bem.
Ouvimos dizer
que nesses
pequenos seres
estão
depositadas as
esperanças de um
mundo de
serenidade e
paz, precisamos,
então, com
determinação e
coragem,
exemplificar a
eles
comportamentos
de harmonia e
fraternidade na
convivência
social.
Acreditamos que
as crianças que
nascem
diariamente
carregam no
íntimo a
promessa do bem
e da
solidariedade,
assim, não
podemos permitir
que sejam
contaminadas
pelo mal, e,
dentro das
nossas
possibilidades,
devemos
empreender todos
os esforços,
visando combater
o orgulho e o
egoísmo, que
porventura, se
apresentem em
seus tenros
corações.
A ingenuidade e
a meiguice das
crianças
expressam a
luminosidade da
candura e da
alegria, e, para
que possam
clarear os
caminhos da
humanidade,
necessitam de
que não as
abandonemos às
trevas da
ignorância, da
indiferença e do
descaso.
Obviamente, no
presente,
necessitam de
alimentação
condizente,
roupas,
brinquedos,
remédios e
outros, mas,
para que se
realizem
devidamente no
futuro, não
prescindem de
educação eficaz,
com base
fundamentada na
formação do
caráter.
Evidentemente,
esses pequenos
viajores se
postam diante
dos adultos de
mão estendidas,
suplicando por
cuidados,
respeito, amor,
carinho,
atenção, e,
principalmente,
por
demonstrações de
atitudes e
comportamentos
revestidos de
moralidade,
ética e
decência. De
posse de tais
exemplificações,
contarão com os
recursos e
mecanismos
capazes de lhes
assegurar
perspectivas de
equilíbrio e
honradez.
Mas, se
identificarem
nos pais ou
responsáveis as
diretrizes da
desonestidade,
da cupidez, da
irresponsabilidade,
das viciações e
do desrespeito,
não tenhamos
dúvidas de que
conhecerão, com
muita rapidez,
os caminhos que
os conduzirão à
falência moral.
Não nos
iludamos, se
pretendemos a
construção de um
mundo melhor, de
uma sociedade
mais digna,
justa e humana.
Não privemos
nossas crianças
dos reais e
imprescindíveis
valores da vida.
Não basta dizer
e esperar que os
nossos filhos
sejam o futuro,
permanecendo de
braços cruzados.
Imprescindível
se torna que os
habilitemos,
devidamente,
para que possam
viver realmente
em paz nos dias
do porvir.
Eduquemo-los
hoje para que
não choremos
amanhã.
Pensemos
nisso...
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