PARTICIPAÇÃO
POLÍTICA DO ESPIRITA
Com base em O Livro dos Espíritos, e
suas correlações com a filosofia, sociologia e política e a visão de que o
homem no mundo "é um ser social e consequentemente, um ser político",
concluímos:
1. COMO O ESPÍRITA NÃO DEVE ATUAR NA
POLÍTICA:
1.1. levar a política partidária para
dentro do Centro, das Entidades ou do Movimento Espírita;
1.2. utilizar-se de médiuns e
dirigentes espíritas para apoiar políticos partidários candidatos a cargos eletivos
aos Poderes Executivos e Legislativo;
1.3. catar votos para políticos que,
às vezes, dão alguma "verbinha" para asilos, creches e hospitais, mas
cuja conduta política não se afina com os princípios éticos ou morais do
espiritismo;
1.4. apoiar políticos que se dizem
espíritas ou cristãos, mas aprovam as injustiças, as barganhas, a
"politicagem" (usar a política partidária para interesses egoísticos
pessoas ou de grupos a que se ligam);
1.5. participar da política partidária
apenas por interesse pessoal, para melhorar a sua vida e de sua família,
divorciado em sua militância político-partidária dos princípios e normas da filosofia
espírita;
2. COMO O ESPÍRITA DEVE ATUAR NA
POLÍTICA:
2.1. O espírita pode e deve estudar e
reflexionar sobre os princípios político-filosófico-espíritas no Centro
Espírita, pois eles estão contidos em O Livro dos Espíritos, Parte
Terceira, das Leis Morais;
2.2. através da análise, do estudo e
da reflexão das normas e princípios acima referidos, o espírita deve
identificar o egoísmo, o orgulho e a injustiça nas instituições humanas,
denunciando-as e agindo para que elas desapareçam da sociedade humana;
2.3. confrontar os fundamentos morais
e objetivos do espiritismo com os fundamentos morais e objetivos dos partidos
políticos, verificando de forma coerente qual ou quais deve apoiar e até mesmo
participar como membro atuante, se tiver vocação para tal;
2.4. participar de organizações e
movimentos que propugnem pela Justiça, pelo Amor, pelo progresso intelectual,
moral e físico das pessoas. Exemplo: clubes de serviços, sindicato, associações
de classe, diretório acadêmico, movimentos de respeito e defesa dos direitos
humanos etc;
2.5. fazer do voto um elevado
testemunho de amor ao próximo; Considerando que a sociedade humana é dirigida
por políticos que saem das agremiações partidárias e suas influências podem
ajudar ou atrasar a evolução intelecto-moral da humanidade, o voto, realmente,
é uma forma de exprimir o amor ao próximo e à coletividade. Deve, pois,
analisar se a conduta do candidato político-partidário tem maior ou menor
relação com os princípios morais e políticos (aspecto filosófico) do
espiritismo;
2.6. participar da agremiação
partidária, se tiver vocação para tal, sabendo, no entanto, da responsabilidade
que assume nesse campo, já que sua militância deve sempre estar voltada para o
interesse do ser humano, em seus aspectos social e espiritual. Para isso, sua
ação política deverá estar em harmonia com os valores éticos (morais) do
espiritismo que, em última análise, são fundamentalmente os mesmos do cristianismo;
2.7. participar conscientemente da
ação política na sociedade, sem relegar o estudo e a reflexão do espiritismo a
plano secundário. Pelo contrário, o estudo e a reflexão dos temas espíritas deverão
levá-lo a permanente participação, objetivando-a aplicação concreta do amor e
da justiça ao ser humano, seja individual ou coletivamente.
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